Na aldeia de Mourão, no concelho de Vila Flor, Braga, há uma tradição que está a indignar os movimentos de defesa dos direitos dos animais e não só. Nos últimos dias surgiu nas redes sociais o vídeo de um gato queimado vivo, durante uma festa popular. Tudo terá acontecido na noite de São João. A GNR recebeu “várias queixas” e confirmou à TVI que o MP abriu um inquérito e o caso será investigado.
As imagens podem ferir a suscetibilidade das pessoas mais sensíveis.
Uma das denúncias foi feita pelo Movimento Internacional em Defesa dos Animais (MIDAS) na sua página de Facebook. Pede o grupo, que as autoridades que investiguem o caso como um crime de maus tratos de animais.
PUB
O vídeo terá sido divulgado pelo Grupo de Danças e Cantares de Vila Flor, Braga, mas pouco tempo depois foi retirado devido à reação que provocou.
A GNR confirmou à TVI que as autoridades receberam “várias queixas” por maus tratos aos animais. Após as denúncias, o Ministério Público “decidiu abrir um inquérito” e o caso vai agora ser investigado pela Guarda Republicana.
petição públicaFonte oficial do Comando de Braga explicou à TVI que agora “vão ser feitas diligências no sentido de identificar os intervenientes” e, ainda, “recolhidos vestígios”. “Estamos perante um crime punível por lei”, concluiu.
E que consiste? Um gato vivo é colocado dentro de um cântaro e depois içado até ao topo de um mastro. O mastro é forrado a palha e é ateado fogo à palha. Conforme as chamas sobem consomem as cordas que prendem o pote de barro e este cai libertando o animal.
PUB
No entanto, no vídeo divulgado é possível perceber que o ritual não terá corrido como previsto. O Cântaro não caiu, e ficou à mercê das chamas com o gato vivo lá dentro. Quando finalmente se quebra, é possível ver o animal a fugir, com pequenas chamas no corpo.
A TVI também tentou falar com a Câmara Municipal de Vila Flor, mas a vereadora da Cultura, não se mostrou disponível para falar.
Relembramos que as imagens podem ferir a suscetibilidade das pessoas mais sensíveis.
PUB