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UE: Portugal tem falta de médicos

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Há poucos clínicos generalistas e recursos estão concentrados nos hospitais

Portugal tem falta de médicos generalistas e concentra demasiados recursos nos hospitais mas o Estado garante normas de qualidade na prestação de cuidados, segundo o Relatório Conjunto de 2008 sobre Protecção e Inclusão Social, esta segunda-feira divulgado em Bruxelas, escreve a Lusa.

No documento são identificados como obstáculos ao acesso da população aos cuidados de saúde «a falta de médicos generalistas e de certos especialistas nas zonas rurais e em determinadas regiões, a concentração de recursos nos hospitais, nas grandes cidades e na faixa costeira e a falta de cobertura de certos serviços por parte do Serviço Nacional de Saúde (designadamente os cuidados dentários)».

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A Comissão Europeia considera ainda que esta situação «interfere com o funcionamento de um sistema nacional de saúde assente nos cuidados de saúde primários e gera uma utilização desnecessária de cuidados hospitalares e de emergência dispendiosos».

Cavaco quer mais unidades de cuidados continuados

SNS só cobre 70 por cento dos portugueses

O relatório - que será adoptado na sexta-feira na reunião do Conselho de Ministros da Segurança Social dos 27 - destaca ainda que, em Portugal, «as crescentes assimetrias sociais e as desigualdades no acesso geraram uma maior prevalência de estilos de vida menos saudáveis, condições de saúde precárias (tuberculose) e desigualdades ligadas à saúde».

Unidades familiares com nota positiva

Por outro lado, Bruxelas nota pela positiva a reestruturação dos centros de saúde para criar «pequenas unidades de saúde familiares mais próximas do domicílio ou do local de trabalho dos utentes e mais correctamente sincronizados com os hospitais e as unidades que prestam cuidados prolongados».

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A Comissão Europeia sublinha ainda que «o Estado [português] garante normas de qualidade nas instituições públicas e privadas», tendo criado uma autoridade independente para questões de qualidade.

O relatório destaca entre os desafios a que Portugal terá que dar resposta a melhoria da provisão de cuidados de longa duração e a redução das disparidades geográficas da oferta.

Melhorar a eficácia, nomeadamente com o reforço dos cuidados primários, e aplicar medidas globais para melhorar o estado de saúde da população são ainda caminhos apontados às autoridades de saúde portuguesas.

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