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Bexiga: procuradora explica tudo

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Magistrada que arquivou caso diz que DIAP do Porto não é incompetente

A procuradora-adjunta que arquivou o inquérito das agressões a Ricardo Bexiga garante que não criticou os colegas do DIAP do Porto. «Nunca foi minha intenção chamar incompetentes aos meus colegas do Porto. Acho-os tão competentes como eu».

Em declarações ao PortugalDiário, Glória Alves acrescenta, por outro lado, que as críticas expressas no despacho de arquivamento «não visam de maneira alguma» os magistrados do Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto.

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A magistrada refere ainda que as diligências efectuadas ao longo dos 22 meses em que o processo esteve no Porto «foram as possíveis com os poucos dados que se tinha na altura».

«Não há indícios de uma vida anómala no processo», enquanto aquele esteve sob a tutela do Porto, refere ainda a procuradora-adjunta, para quem os reparos visavam a PSP pela não recolha imediata, no local do crime, de eventuais vestígios dos agressores, nomeadamente impressões digitais e a arma utilizada, um barrote de madeira. Críticas já rejeitadas por um sindicato da PSP.

Glória Alves nega igualmente que os colegas do Porto fossem visados na parte do despacho em que lamenta que Ricardo Bexiga tenha sido chamado a identificar os eventuais agressores, dois meses depois, quando a sua memória fotográfica já se encontrava mais esbatida. «É claro que seria melhor que tivesse feito esse reconhecimento mais cedo», refere, adiantando que, face ao decurso normal dos inquéritos, é, ainda assim, «um prazo aceitável».

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Por que razão Valentim Loureiro não foi ouvido?

Apesar de Carolina Salgado ter referido que ouviu uma conversa telefónica entre Pinto da Costa e Valentim Loureiro em que este último alertava para a necessidade de «limpar» o suposto autor das denúncias que teriam espoletado o caso «Apito Dourado», Glória Alves explica que nunca ouviu o major porque «as declarações de Valentim Loureiro não têm relevância criminal», ou seja, «não é crime dizer que alguém precisa de uma tareia». Além disso, a diligência afigurava-se manifestamente «inútil» porque não seria de esperar que este confirmasse as declarações de Carolina.

Procurador admite processar Bexiga

As críticas de Ricardo Bexiga em relação à forma como o DIAP do Porto conduziu as investigações ao seu processo levaram um procurador daquele departamento a solicitar uma certidão do processo para fins de procedimento criminal, pedido este que já foi deferido.

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De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, o procurador Almeida Pereira, que nunca foi responsável pelo inquérito, ter-se-á sentido visado pela generalização das críticas ao DIAP do Porto e quer agora estudar o processo para saber se daquele é possível inferir que houve uma «estratégia meticulosa de esvaziamento da investigação» conforme referiu o ex-vereador de Gondomar. Em função dessa apreciação, o magistrado decidirá se avança com um processo-crime contra Bexiga.

Contactado pelo PortugalDiário, Almeida Pereira confirmou ter solicitado uma certidão do processo para aquele fim, mas recusou adiantar mais esclarecimentos.

Confrontado com a indignação dos procuradores do DIAP do Porto, Ricardo Bexiga referiu, em declarações recentes à Agência Lusa, que se limitou a subscrever as críticas expressas no despacho de arquivamento da Equipa de Coordenação do Apito Dourado.

DIAP do Porto reage em conferência de imprensa

Entretanto, o DIAP do Porto prepara para breve uma conferência de imprensa, onde a sua coordenadora, Hortênsia Calçada, deverá ler um comunicado a rebater as acusações de Ricardo Bexiga. Esta quinta-feira, um funcionário deslocou-se a Lisboa para trazer uma cópia do inquérito que será escalpelizado antes do anunciado encontro com os jornalistas.

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