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Agressões a Bexiga: arquivado

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Processo contra Pinto da Costa, Fernando Madureira e Carolina Salgado não vai avançar. Depoimento de ex-companheira do presidente do FCP «muito frágil» para sustentar acusação. Caso pode ser reaberto se houver novas provas Carolina: «Queria mesmo matar»

ACTUALIZADO ÀS 14 HORAS

Carolina Salgado, Pinto da Costa e Fernando Madureira viram o processo das agressões ao antigo vereador socialista de Gondomar, Ricardo Bexiga, ser arquivado, soube o PortugalDiário. No despacho que põe fim ao inquérito o Ministério Público informa que o caso poderá ser reaberto, caso surjam novas provas.

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Segundo o despacho da Equipa de Coordenação do Apito Dourado (ECPAD), não foi possível recolher outros elementos de prova a sustentar a versão de Carolina Salgado.

Além disso, acrescenta que o depoimento auto-incriminador da ex-companheira do líder portista, não acompanhado de outras provas que o confirmem, «é de tal maneira frágil que não deve sustentar uma acusação». Caso Carolina se remetesse ao silêncio na fase de julgamento, o processo ficaria condenado ao fracasso.

O Ministério Público sustenta mesmo que o depoimento de um co-arguido não corroborado por outros meios de prova não pode ser atendível, considerando que a sua valoração é ilegal e inconstitucional porque não pode ser contraditado pelos restantes co-arguidos.

Não obstante o esforço da PJ, não foi possível identificar os autores materiais dos crimes.

A ECPAD decidiu-se pelo arquivamento dos autos, «sem prejuízo dos mesmos serem reabertos caso surjam novos elementos de prova», conforme previsto na lei processual penal.

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Advogado de Carolina já foi notificado

Contactado pelo PortugalDiário o advogado de Carolina Salgado, José Dantas, confirmou ter sido notificado do arquivamento, mas remeteu os comentários para mais tarde, «depois de ler o despacho».

Recorde-se que o ex-vereador Ricardo Bexiga foi espancado por dois homens encapuzados, no dia 25 de Janeiro de 2005.

As agressões aconteceram por volta das 19h30 desse dia, quando o advogado saía do seu escritório, no Porto, e se dirigia para a viatura, estacionada no parque da Alfândega.

Os agressores atacaram-no com uma trave de madeira, entre dois carros estacionados no parque, durante cinco minutos. Bexiga ainda tentou esquivar-se, mas não conseguiu evitar um corte na cabeça, tratado com 17 pontos, e várias outras contusões, pelas quais foi assistido no Hospital de Santo António.

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