A prisão domiciliária de Ricardo Salgado com vigilância policial, sem pulseira eletrónica, continua a dar que falar. O Sindicato Unificado da PSP considera que esta medida é prejudicial para os cidadãos da vila, uma vez que ‘rouba’ agentes ao patrulhamento do quotidiano, podendo mesmo deixar de haver apoios que teriam de ser feitos. Em entrevista à TVI24, o presidente da Direção do Sindicato Unificado da PSP, Peixoto Rodrigues, considera que “esta medida é aquela que mais prejudica o cidadão em relação ao número de efetivos que é preciso diariamente mobilizar para a segurança ao Dr. Ricardo Salgado, pondo em causa o policiamento em toda a área de Cascais” "Para além de ser grave porque as pessoas ficam sem policiamento normal no seu dia-a-dia, em termos de custos, esta medida de coação também é aquela que mais custos traz ao erário público. Estamos a falar entre oito e 10 mil euros mensais”, adiantou.
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Peixoto Rodrigues lembra que esta não é uma medida inédita, mas sublinha a falta de polícias para dar resposta a outras situações. "Estamos a falar de oito elementos policiais que esta vigilância carece".
Medidas de coação foram conhecidas na sexta-feiraRicardo SalgadoO antigo presidente do BES está também proibido de contactar os restantes arguidos das investigações relacionadas com o "Universo Espírito Santo".
À saída do tribunal, um dos advogados de Ricardo Salgado, Francisco Proença de Carvalho, afirmou aos jornalistas que vão recorrer da medida de coação, por considerarem a mesma “desproporcionada”. O juiz Carlos Alexandre considera haver " perigo de fuga e de perigo de perturbação do inquérito e da aquisição e conservação da prova".
Também na sexta-feira, a Procuradoria-Geral da República revelou que Ricardo Salgado foi constituído arguido no âmbito das investigações que dizem respeito ao Universo Espírito Santo no passado dia 20 de julho.
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