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A vila ribatejana de Salvaterra de Magos foi abalada em maio com a notícia de um adolescente encontrado morto num prédio da vila, dias após mãe ter dado o alerta do seu desaparecimento. Filipe tinha 14 anos e era aluno do sexto ano.
Depois de ter ouvido em exclusivo a mãe do presumível homicida, a TVI ouviu a mãe da vítima de Salvaterra de Magos. Rita Costa fala, pela primeira vez e em exclusivo, a um órgão de comunicação social. Rita Costa, revoltada, pede justiça e aponta o dedo à mãe do principal suspeito.
“A D. Susana tem que pagar, entre aspas, um bocado, a culpa dela nisto do filho”, porque a “D. Susana hoje passa por mim na rua e baixa a cara, porque sabe aquilo que fez, sabe aquilo em que participou (o que é que quer dizer com isso?) Mais não digo. Ela sabe”.
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“Aquela casa era do Daniel. Uma pergunta para a mãe do Daniel: ‘Desde quando se aluga uma casa e não se entregam as chaves todas?’”, e acrescenta uma segunda: “Como é que o Daniel encontra aquelas chaves e faz logo a ligação àquela casa e por que há-de ir lá várias vezes?”
O local onde o cadáver do Filipe foi encontrado era conhecido como spot. Rita Costa duvida que o filho frequentasse o local: “Que eu saiba não. O Filipe não faltava às aulas. O Filipe vinha almoçar a casa todos os dias” e “nunca mais tarde do que as dez e meia (22:30)” entrava em casa.
“Vou até ao fim”“O que me choca mais é perceber a aflição que o Filipe teve na morte. Deito-me e imagino o meu filho a ser pontapeado, a cair no chão, a ficar inanimado (…) Será que chorou?”
Rita Costa recorda Daniel como um miúdo reservado e nega que ele e Filipe fossem amigos ou que o filho consumisse drogas ou fosse homossexual.
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Rita Costa desmente que alguma vez se tenha prostituído, mas que o Filipe “gabava-se” na escola do pai “ganhar seis mil euros” na Nigéria.
Rita Costa diz que “é verdade” que olhou para os pés de Daniel e viu os ténis do filho.
Apesar de apontar o dedo à mãe de Daniel, Rita Costa não concorda com uma decisão da população. “O bairro queria fazer um abaixo-assinado para ela [mãe do Daniel], se ir embora de Salvaterra. Isto não é possível”. Concorda sim com uma “petição para levar à Assembleia da República para mudar as leis das casas de correção”.
“Eu quero o meu filho”“De manhã levanto-me e vou ao cemitério. Na minha casa, a erva é até ao quintal. Já nem vou. As roupas são sempre as mesmas. A vida está parada no ato do crime do Filipe”.
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“Eu quero o meu fillho. E, às vezes, existe esta impotência que é ‘eu quero o meu filho’ (diz fortemente emocionada). Eu não quero opinar na vida de ninguém. Eu queria o meu filho. Estou à espera que o meu filho suba estas escadas, me veja – às vezes sem saber que eu cá estava- e diga ‘oh, estás aqui! Olha quem está aqui!’”
“Eu gostava que houvesse um telefonema do céu, do Filipe, só a dizer ‘tou, mãe’”.
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