São “dores de crescimento” que, no fundo, não têm a ver com o crescimento. O esclarecimento foi feito pelo ortopedista João Gamela, esta quinta-feira, no Diário da Manhã da TVI. “Não se devia usar a expressão “dores de crescimento”, mas têm vantagem de designar o caráter benigno e transitório. Durante muito tempo associou-se que podiam resultar do crescimento, mas isso não é verdade”, porque o crescimento das estruturas é mais rápido no período que vai até aos três anos e, depois, na puberdade. Pelo contrário, as chamadas “dores de crescimento” acontecem entre os cinco e os dez anos.
PUB
Desde logo, é preciso saber identificá-las: são dores musculares que “não são acompanhadas de mais nenhum sintoma, dores difusas nos membros inferiores”, abrangendo uma “área vasta”, que pode ir da perna até ao pé, e que “aparecem ao fim do dia”. Por vezes, “durante a noite, até podem despertar a criança do sono”, explicou João Gamela. Estas são também dores que “não têm explicação”, já que “não se relacionam com o exercício físico”. Por conseguinte, “os sinais de alerta são todas as dores que não se enquadram neste contexto. Quando surge uma dor localizada e outros sinais acompanhantes, como astenia, febre, perna mais inchada”, por exemplo, “os pais devem procurar ajuda”, aconselhou o ortopedista.
Como ajudar a criança com dores de crescimentoJoão Gamela resumiu, então, o modo como curar estas dores: “Dar mimo à criança”.
PUB