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«Há doentes em macas nos corredores» no Hospital de Cascais

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Director clínico admitiu o facto em conferência de imprensa

O director clínico do Hospital de Cascais admitiu esta quarta-feira que há doentes em macas nos corredores do edifício, inaugurado há oito meses, por falta de camas, adiantando que a situação já foi exposta «às pessoas certas», escreve a Lusa.

Recorde-se que o caso já tinha sido denunciado pela TVI em Outubro.

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«É verdade que temos macas nos corredores do Hospital e não vou esconder isso, mas prefiro assim do que ter doentes à porta das urgências a precisar de assistência médica e não ter onde os deitar», afirmou João Varandas Fernandes.

Numa conferência de imprensa convocada pelo conselho de administração do HPP-Hospital de Cascais Dr. José de Almeida para fazer o balanço dos primeiros oito meses do serviço, o director clínico admitiu que ter doentes deitados em macas nos corredores é uma «necessidade provisória».

A falta de camas começou a sentir-se no início do verão, mas a situação agravou-se na primeira quinzena de outubro, adiantou.

Para Varandas Fernandes, a responsabilidade do que se está a passar não é da direcção do Hospital, mas sim do Estado.

«Qualquer alteração ao estado desta situação é o Estado quem decide, porque é a quem compete determinar o número de camas que deverá aumentar», disse o director clínico, sublinhando que a preocupação já foi exposta «em sede própria e às pessoas certas», há várias semanas.

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Sobre a possibilidade da procura aumentar no inverno, o director clínico admitiu a hipótese de recorrer a um «plano B», que passará pela transferência de utentes para outros hospitais do Centro Hospitalar Lisboa Ocidental.

Trabalham mais de 12 horas por opção

Quanto aos médicos da unidade que trabalham mais de 12 horas seguidas, o director clínico diz que o fazem por opção, sublinhando que a lei do código do trabalho é «rigorosamente» respeitada.

«Todos os hospitais têm médicos que trabalham mais de 12 horas, mas só trabalham se for vontade deles. São eles que pedem para trabalhar tantas horas para depois terem folgas», disse João Varandas Fernandes.

«Não convivo bem com a mentira e os profissionais desta instituição devem ter orgulho por dizermos a verdade em relação ao Hospital de Cascais», realçou. O director clínico reconheceu que os profissionais têm de trabalhar mais, mas assegurou que «ninguém pede coisas impossíveis».

Varandas Fernandes frisou que houve reuniões com todos os médicos, em grupo ou individualmente, e que nenhum manifestou descontentamento.

«Não é fácil fazer um horário que agrade a todas as pessoas, mas quem segue esta carreira tem de se dedicar de alma e coração», acrescentou.

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