A PSP e o SEF efectuaram várias investigações, esta quarta e quinta-feira, no âmbito de uma operação conjunta contra o crime organizado, que resultou na detenção de seis suspeitos, entre eles um agente da Polícia de Segurança Pública.
Segundo um comunicado divulgado pela PSP, este elemento policial liderava «uma rede ou grupo de indivíduos» que se dedicava «ao auxílio à imigração ilegal de cidadãs estrangeiras visando a respectiva exploração através de estabelecimentos de diversão nocturna».
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«Para a legalização das cidadãs estrangeiras, o grupo recorria a outros suspeitos, colocados em lugares estratégicos dentro de organismos da administração pública, que asseguravam a necessária documentação obtida de modo fraudulento: desde documentos da Segurança Social a contratos de trabalho forjados, sendo frequente o recurso a empresas fictícias, entre outros estratagemas», pode ler-se na nota enviada à comunicação social.
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Foram identificadas 192 pessoas, detidas seis e quatro constituídos arguidos. No decorrer da operação foram apreendidas sete armas de fogo, um bastão eléctrico, dois bastões extensíveis, uma faca tipo «borboleta», centenas de munições, seis viaturas e 5.667 euros.
Foi ainda descoberto um «esquema» de dois suspeitos, «trabalhadores da Segurança Social, que consistia em acrescentar anos de trabalho ao período a contar para a reforma para futuro benefício indevido do trabalhador, o que era feito com intuito fraudulento e lesivo do Estado, mediante pagamento de determinada quantia monetária».
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A operação, designada de «Duo», foi motivada por dois inquéritos sob direcção do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, «onde se encontravam sob investigação crimes de associação criminosa, lenocínio, auxílio à imigração ilegal e corrupção».
A PSP e o SEF efectuaram nove buscas domiciliárias, sete buscas em estabelecimentos de diversão nocturna, uma busca num escritório de advogado e duas buscas num estabelecimento do Estado (Segurança Social), em Lisboa, Almada, Barreiro e Setúbal.
Os detidos serão presentes às autoridades competentes para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coacção.
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