O número de locais com consultas de cessação tabágica reduziu para cerca de metade entre 2009 e 2013, uma situação que os especialistas consideram preocupante, porque pode dificultar o acesso a quem queira deixar de fumar.
“Verificamos que passamos de 223 consultas em 2009 para 116 em 2013, o que significa uma redução para cerca de metade, algo que é obviamente preocupante”, refere o relatório do Observatório Nacional das Doenças Respiratórias de 2014 que foi apresentado esta segunda-feira em Lisboa.
“Parece-nos indiscutível que esta quebra acarretará um aumento na dificuldade do acesso”, indica o Observatório.
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Aliás, os dados apresentados sobre o total de consultas de cessação tabágica efetivamente realizadas mostram uma redução entre 2009 e 2013.
Na análise desses cinco anos, passou-se de 25.765 consultas realizadas em 2009 para 21.577 em 2013. Ainda assim, em 2013 registaram-se mais consultas do que nos anos de 2010, 2011 e 2012, como cita a Lusa.
O especialista considerou essencial melhorar o acesso dos doentes a estas consultas, bem como uma comparticipação dos medicamentos para deixar de fumar.
Lembrando que o tabagismo é considerado uma doença, também o presidente do Observatório, Teles de Araújo, sublinhou a necessidade de reforçar as consultas para deixar a fumar e a comparticipação dos medicamentos para “ajudar no complexo processo de desabituação tabágica”.
Além da comparticipação dos medicamentos, outra das medidas defendidas pelo Observatório e pela Fundação Portuguesa do Pulmão é a inclusão da vacina contra a pneumonia (conhecida pelo nome comercial de Prevenar) no Plano Nacional de Vacinação.
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