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Ponte: opção Beato-Montijo «demolida»

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Especialistas diz que estudo do LNEC tem afirmações falsas

O responsável pela opção Beato-Montijo para a terceira travessia do Tejo, José Manuel Viegas, afirmou esta sexta-feira que, apesar de «genericamente correcto», o estudo do LNEC inclui dois capítulos que fazem uma «demolição sistemática» da sua proposta.

Em declarações à agência Lusa, o especialista em Transportes disse que o estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que confirmou o corredor Chelas-Barreiro para a localização da terceira Travessia do Tejo inclui «dois capítulos altamente enviesados»: Ordenamento do Território e Mobilidade e Equidade Funcional do Sistema de Transportes.

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Afirmações falsas

«Em dois capítulos, há 24 ou 25 afirmações que são falsas», disse José Manuel Viegas, considerando que «há uma demolição sistemática da solução Beato-Montijo, o que denuncia uma total falta de neutralidade dos analistas» responsáveis pelos dois capítulos .

Para o autor da solução Beato-Montijo, «estes dois capítulos destoam no conjunto do estudo», porque os restantes «são equilibrados, sem haver, à partida, uma posição pré-definida».

O responsável pelo capítulo dedicado ao Ordenamento do Território é Paulo Correia, enquanto o relativo aos Transportes é da autoria de José Teles de Menezes.

«Chega a dizer-se que é a ponte Chelas-Barreiro que vai reequilibrar o tráfego, o que é falso e nós [no estudo que aprofunda a solução Beato-Montijo] demonstramos que a ligação que pode reequilibrar o tráfego é Algés-Trafaria», exemplificou José Manuel Viegas.

Beato-Montijo também serve o Barreiro

«Diz-se que a nossa solução vai provocar o declínio continuado do Barreiro, o que também não é verdade, porque a opção Beato-Montijo, além do Montijo, também serve o Barreiro», acrescentou.

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A solução apresentada pelo professor do Instituto Superior Técnico (IST), seria complementada por uma travessia mais pequena, com 1,8 quilómetros, destinada a assegurar a ligação do serviço suburbano à linha do Barreiro, à linha de bitola ibérica em direcção ao Pinhal Novo e posterior bifurcação para o Alentejo e para o Algarve.

Viegas considera que o estudo do LNEC «não deve servir como fundamentação técnica para a decisão do Governo».

«Não ponho em causa a decisão do Governo, o que eu ponho em causa é a fundamentação científica das decisões que o Governo toma e com este estudo, o Governo fica mal informado», concluiu.

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