A falta de sangue nos hospitais pode ser evitada ou reduzida através da utilização de terapêuticas com fármacos, segundo alertou esta quinta-feira um especialista em transfusões.
De acordo com a agência Lusa, António Robalo Nunes, médico especialista em imunohematologia, afirmou que a escassez de sangue é um problema real, mas que pode ser complementado com a utilização de tratamentos farmacológicos para diminuir as necessidades de transfusão.
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«Mas este problema não pode ser visto só do lado da colheita. Tem de contemplar medidas que possam ter impacto redutor na parte do consumo. Admito que há uma percentagem de situações transfusionais que poderiam ser evitadas», revelou António Robalo Nunes à Lusa.
O médico do Hospital Pulido Valente acrescentou ainda: «Estamos a viver um momento de austeridade transfusional e por isso tem de haver tolerância zero em relação à transfusão inadequada. Em medicina há um princípio muito simples, que diz que uma transfusão que não está indicada está contra indicada».
Devido ao risco das transfusões, controlado, mas ainda assim isento de risco, Robalo Nunes alerta que há tratamentos em que a utilização de fármacos é aconselhável, como por exemplo, em cenários de anemia encontrados em doentes com cirurgia e a quem se pode administrar ferro.
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