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«Bombeiros irão criar dificuldades às populações»

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Liga dos Bombeiros Portugueses reage ao anúncio da suspensão do transporte de doentes não urgentes por parte de 56 corporações do distrito de Lisboa

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) assegurou que fez tudo para convencer o Governo a pagar mais pelo transporte de doentes não urgentes e pediu às corporações que não deixem de transportar quem precisa.

As declarações do presidente da LBP, Jaime Soares, sucederam-se ao anúncio de que as 56 corporações de bombeiros do distrito de Lisboa vão suspender, a partir de sexta-feira, o serviço de transporte de doentes não urgentes, porque não conseguem manter este serviço com os preços que a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e o Ministério da Saúde (MS) pretendem pagar.

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A Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa aprovou ainda um voto de desconfiança ao conselho executivo da Liga dos Bombeiros por causa das «desastrosas consequências das negociações que tiveram com o MS relativamente ao transporte de doentes» não urgentes.

«Lamentamos [a decisão dos bombeiros da Federação de Lisboa] e ficamos preocupados. Não era o acordo que desejávamos, mas foi o acordo possível», disse à Lusa Jaime Soares, acrescentando que, «garantidamente, a LBP fez tudo, tudo, tudo o que estava ao seu alcance».

«Não conseguimos demover o Governo, com todos os argumentos que apresentámos. Como sabe, à mesa das negociações têm de existir dois parceiros, mas um tem a força do poder da decisão e o outro não tem», acrescentou.

Jaime Soares realçou que se os bombeiros prosseguirem com esta atitude «irão criar dificuldades para as populações que devem servir» e que nunca poderão deixar de apoiar os cidadãos, mesmo que não tenham conseguido atingir os seus objetivos.

O dirigente apelou ainda aos bombeiros que «usem de toda a arte e engenho» para ultrapassar a crise e que tenham «um forte sentimento de unidade», de forma a conseguirem «ter a força necessária para que o Governo entenda as razões» que defendem.

A agência Lusa contactou o Ministério da Saúde para obter uma posição sobre esta ameaça das corporações de bombeiros, mas tal não foi possível até ao momento.

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