O Ministério Público do Tribunal da Maia esteve prestes a ficar às escuras. Um funcionário da EDP deslocou-se ao tribunal na quarta-feira da semana passada para cortar a electricidade no edifício. Motivo: falta de pagamento.
«O funcionário pediu para aguardarem uns dias, só até o tribunal receber a verba do Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça», contou ao PortugalDiário Felicidade Domingues do Sindicato dos Funcionários Judiciais.
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Na iminência de ficar sem luz, o tribunal oficiou o Ministério da Justiça, reclamando a verba com urgência.
«Como na sexta-feira a verba ainda não estava disponível, o secretário do Ministério Público decidiu adiantar o dinheiro do próprio bolso».
O PortugalDiário contactou o Tribunal da Maia, mas ninguém se mostrou disponível para esclarecer a situação, recusando mesmo adiantar o montante pago pelo secrétário de Justiça.
Felicidade Domingues refere que os funcionários estão sob a «lei da rolha» [«isto é, estão impedidos pelo Ministério da Justiça de prestar qualquer esclarecimentos aos meios de comunicação social»] e, por isso, não adiantam qualquer informação.
Fonte do Ministério da Justiça referiu, entretanto, ao PortugalDiário que o secretário de Justiça já foi reembolsado.
«O Tribunal da Maia tem vindo a recorrer quer a transferências orçamentais, quer a antecipações de duodécimos e, inclusive, já foi objecto de 3 reforços orçamentais (o último dos quais em Outubro que abrangeu, entre outras, as rubricas de electricidade, telefone, limpeza, peritos, etc)», refere a mesma fonte.
«O Ministério da Justiça pretende centralizar estes pagamentos já a partir do início do próximo ano». Ou seja, estes montantes passam a ser pagos directamente pela tutela.
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