Dados da Associação Portuguesa de Segurança Infantil(APSI) indicam que desde 2001 pelo menos 150 crianças e adolescentes morreram afogados em Portugal, noticia a agência Lusa.
O último caso registou-se esta sexta-feira em Valença com um menino de dois anos, que morreu afogado num tanque de uma moradia de familiares.
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Este acidente junta-se aos números avançados pela APSI que indicam que a maioria das crianças que morre por afogamento em Portugal tem menos de quatro anos e é do sexo masculino.
Os dados acrescentam ainda que no Norte a maioria dos casos de afogamento de crianças ocorre em poços e tanques.
38 casos mortais em dois anos
A APSI recorda que, só nos últimos dois anos, registaram-se 34 casos mortais: 16 em 2007 e 18 em 2008.
De sublinhar, para a associação, é o facto de apesar de Portugal ter cerca de 550 quilómetros de praias, a maioria dos acidentes fatais ocorrer em tanques, poços e piscinas familiares.
A APSI cita ainda um estudo holandês de 2006 que indica que «por cada criança que morre por afogamento, 140 ficam hospitalizadas por afogamento não fatal e 20 crianças têm de recorrer aos serviços de emergência».
Medidas de prevenção
Colocar coletes salva-vidas às crianças durante os desportos náuticos e passeios de barco e pôr braçadeiras com duas câmaras-de-ar quando elas nadam ou brincam em águas calmas, como as piscinas ou tanques, são algumas medidas de prevenção sugeridas pela APSI para diminuir os afogamentos infantis.
Uma outra medida é a colocação de vedações junto das piscinas, adiantou a associação.
A APSI já apelou ao Governo para a aplicação e fiscalização da lei existente quanto à vedação e cobertura de poços, à publicação de uma norma portuguesa para vedações eficazes na prevenção do afogamento, bem como para a criação, «com urgência», de um enquadramento legal abrangente para as piscinas.
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