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Freeport: Pinto de Abreu diz ter sido «censurado»

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O presidente da distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados criticou esta sexta-feira terem sido os jornalistas os primeiros a conhecer o conteúdo do próximo Boletim da instituição e anunciou que deixará de colaborar com a publicação por ter sido «censurado», noticia a Lusa.

Num «artigo de opinião» publicado no Boletim da Ordem (OA), o bastonário António Marinho Pinto afirma que «nunca foi anónima» a carta que originou as investigações do «caso Freeport», relacionado com suspeitas de irregularidades no licenciamento de um espaço comercial em Alcochete em 2002 quando José Sócrates era ministro do Ambiente.

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Segundo Marinho Pinto, o autor da carta, Zeferino Boal, «sempre foi conhecido dos investigadores policiais e chegou a participar em reuniões com inspectores da PJ».

O presidente do Conselho Distrital de Lisboa da OA, Carlos Pinto de Abreu, recusou-se a comentar o artigo de opinião do bastonário, alegando desconhecer, tal como «os restantes advogados do país», o seu conteúdo, que, «pelos vistos, só foi distribuído aos jornalistas».

Cinco anos de colaboração ininterrupta

O dirigente distrital disse ter sido censurado num artigo que enviou para publicação no Boletim da OA, pela primeira vez em cinco anos.

«Pessoalmente, depois de ter sido censurado pela primeira vez nos últimos cinco anos de colaboração ininterrupta no Boletim, decidi, enquanto a situação se mantiver, não colaborar mais com a referida publicação», avançou à Lusa.

Relativamente ao artigo de opinião do bastonário sobre o «caso Freeport», Carlos Pinto de Abreu frisou que não comenta «linhas editoriais de carácter exclusivamente jornalístico do actual director do Boletim, o Dr. António Marinho Pinto».

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Contactado pela Agência Lusa, o antigo bastonário da OA José Miguel Júdice disse também desconhecer o artigo de Marinho Pinto e lembrou apenas o que fazia quando dirigia aquela estrutura.

«Em todos os Boletins da OA havia um editorial meu que tinha o título genérico de «Bastonadas», em que eu tratei sempre de assuntos relacionados com a questão da Justiça», recordou o advogado.

José Miguel Júdice disse que, por vezes, usou «temas da actualidade para tirar ilações que fossem importantes para a melhoria do funcionamento do sistema judicial e para o reforço do Estado de Direito».

«Se o Dr. Marinho fez assim, fez bem. Se ultrapassou isto fez mal. Mas eu não conheço o artigo», sublinhou.

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