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Gripe A: médicos reformados podem ser chamados

Solução é defendida por sindicado para fazer frente a um aumento de casos

Os médicos dispensados das urgências e até os reformados poderão ser uma solução para o aumento dos casos de gripe A (H1N1), defende o secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), para quem «nenhum faltará à chamada». A ministra já veio responder à proposta e «vê com bons olhos» a disponibilidade apontada pelos sindicatos.

Carlos Arroz disse à Agência Lusa que esta poderá ser uma solução para um eventual aumento do número de casos de gripe A em Portugal e o consequente crescimento da procura de serviços de saúde. O médico adiantou que o aproveitamento destes médicos pressupõe, contudo, uma determinação da ministra da Saúde, a qual «nem precisa de ter um enquadramento legislativo», mas apenas «carácter de despacho».

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Por sua vez, a ministra, em declarações à TSF, explicou que já tinha havido uma reunião informal neste sentido. O ministério está agora a estudar o enquadramento jurídico para que os médicos reformados possam ajudar nesta questão, uma vez que para os que estão no activo existe já legislação sobre casos excepcionais.

«Obviamente que é excelente ter a colaboração dos sindicatos e a opinião favorável também da Ordem dos Médicos para podermos trabalhar melhor esta situação e a disponibilidade dos profissionais e médicos», explicou a ministra.

O bastonário Pedro Nunes também já se pronunciou sobre a proposta considerando que é «muito razoável» no «sentido de aproveitar a disponibilidade dos médicos nacionais para dar apoio quando é necessário», o que os «médicos sempre se habituaram a fazer».

Médicos também poder atingidos pela doença

Para Carlos Arroz, com um aumento exponencial do número de casos, serão necessários mais médicos, principalmente porque esta classe também pode ser atingida pela doença e, por isso, haver clínicos que fiquem impossibilitados de trabalhar.

Para já, e até que sejam chamados médicos que já não realizam serviços de urgência ou os já reformados, a distribuição dos profissionais de saúde para serviços específicos de atendimento à gripe A pode ter como consequência o adiamento de serviços programados. «As consultas programadas e o acompanhamento de certas doenças poderão ser adiados, em nome de uma situação extraordinária, como é o caso da pandemia da gripe A», disse.

A Associação dos Médicos de Clínica Geral também já deu luz verde à iniciativa, mas considerou que estas soluções têm de ser «bem equacionadas».

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