O Infarmed diz que as vantagens da venda de medicamentos em unidose «não estão provadas» e que foram identificados 12 «problemas técnicos» na implementação do processo, mas defende que se deve avançar para uma «experiência».
«As vantagens não estão provadas e quanto muito poderão levar a uma redução do desperdício que poderá ser inferior a 10 por cento do desperdício real», afirmou o presidente do Infarmed, Vasco Maria.
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O responsável falava esta tarde na Comissão de Saúde da Assembleia da República, onde revelou que foram identificados «12 problemas técnicos» na venda em unidose, para as quais o organismo que lidera encontrou «soluções».
A qualidade, a farmacovigilância, a rastreabilidade, os riscos de contrafacção e de erros médicos, a carga de trabalho adicional e os custos adicionais foram algumas das desvantagens e problemas apontados pelo presidente do Infarmed, que regula o mercado do medicamento em Portugal.
«Se pusermos isto nos dois pratos da balança ela eventualmente inclinar-se-á para um lado», acrescentou, sublinhando que as soluções técnicas encontradas podem resolver «razoavelmente» os constrangimentos.
Por isso, prosseguiu Vasco Maria, «há uma margem de incerteza em relação» às vantagens e desvantagens, pelo que se deve avançar para uma «experiência».
«Diria que neste momento estão reunidas as condições para que ela possa ser feita», defendeu.
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