Apesar da forte chuva, cerca de cem pessoas marcharam, este sábado, no centro de Lisboa, pela legalização da marijuana, defendendo um «comércio regulado» e o «respeito pela liberdade» individual.
Pedro Pombeiro, porta-voz da Marcha Global da Marijuana (MGM) de Lisboa, defendeu, em declarações à Lusa, que «legalizar permite criar regras, vender em locais próprios, a maiores de idade, fiscalizar».
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A ilegalização «é um desperdício de recursos que ao mesmo tempo não respeita a liberdade das pessoas de escolherem fazer uma coisa que não faz pior do que muitas outras [que são] legais», argumentou.
«Enquanto consumidores, achamos que era bom contribuirmos com impostos para um comércio legal e regulado, em vez de estarmos na clandestinidade, na ilegalidade porque decidimos fumar charros em vez de beber uma imperial», exemplificou Pedro Pombeiro.
Vários jovens de ambos os sexos, alguns a fumarem charros, partiram do Jardim da Mãe d'Água em direcção ao Largo de Camões, pelas 16:15, aproveitando uma aberta ligeira no mau tempo que se tem feito sentir este sábado.
Um homem sobre andas e uma réplica gigante da folha da cannabis eram adereços que se destacavam acima dos guarda-chuvas abertos dos cerca de cem manifestantes, um número avançado à Lusa pela PSP, que acompanhou a marcha.
Transportados pelos manifestantes sobressaíam também cartazes com dizeres como «Proibição não é solução» ou «O tráfico é contra a legalização da cannabis, e você?».
A MGM é uma iniciativa internacional que se realiza, este sábado, em 315 cidades em todo o mundo, segundo Pedro Pombeiro.
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