O caso do homem suspeito de triplo homicídio apresenta contornos que estão a dar que falar. As opiniões divergem e surgem termos como serial-killer, homossexualidade, «rei Ghob». Tudo indica que motivos passionais estejam na origem dos crimes cometidos por Francisco Leitão.
O jornalista Hernâni Carvalho, comentador do programa da TVI «Você na TV», acompanhou o caso e fez a sua própria investigação dos factos. Hernâni descartou a hipótese da homossexualidade associada aos homicídios, alegando que «um crime passional não escolhe sexo».
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Os outros serial-killers portugueses
«É um acto de ciúme, de posse, levado ao extremo. É apenas vingança e crime. A vingança e o crime são transversais nos crimes passionais, independentemente do tipo de sexo», disse ao tvi24.pt.
Para Hernâni, o detido não é um serial-killer, conforme tem sido avançado pelos meios de comunicação. De acordo com o jornalista, Francisco Leitão será apenas um homem «que matou pessoas».
«Ele não é um serial-killer. Os serial-killers não têm relação com as vítimas e este teve relação com todas as vítimas. Todos os desaparecidos são íntimos do detido», justificou.
Para Hernâni Carvalho, o facto de o suspeito se auto-intitular como «rei Ghob» ou profeta e de acolher jovens em casa proclamando o fim do mundo, não indicia distúrbios de personalidade, mas poderia ser apenas «um estratagema para amedrontar os miúdos».
A investigação teve início com o desaparecimento de uma menor, Joana Correia, de 16 anos, pois os outros dois jovens «nunca foram procurados, a família nunca apresentou queixa». O jornalista defende a tese de homicídio, no entanto, preferiu deixar as «justificações para a Polícia Judiciária».
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