O Ministério da Saúde reforçou esta quinta-feira ser «absolutamente inaceitável» qualquer tipo de discriminação de doentes com VIH/sida na Rede Nacional de Cuidados Continuados, adianta a Lusa.
Num requerimento enviado aos ministérios da Saúde e do Trabalho da Solidariedade Social, o Bloco de Esquerda expôs o caso de um doente com sida alegadamente discriminado em instituições da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).
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O Ministério da Saúde afirmou que esta situação não se verificou e sublinhou que «tudo fará para apurar se situações de discriminação dessas ocorrem de facto».
A coordenadora nacional da RNCCI, Inês Guerreiro, garantiu que «nunca o diagnóstico de sida foi critério de exclusão de utentes da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados».
O BE alegou ter conhecimento de «posturas discriminatórias» que algumas instituições de saúde e de apoio social que integram a RNCCI terão adoptado com estes doentes, que estão num «estado avançado da sua doença e, por isso, particularmente fragilizados», relatando um caso concreto ocorrido no serviço de Urgência do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo.
O Ministério da Saúde contactou o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, segundo o qual um utente portador de VIH deu entrada no Serviço de Urgência Geral no dia 16 de Fevereiro e teve alta clínica no dia seguinte.
De acordo com o MS, o centro Hospitalar contactou a Segurança Social de Alcochete, onde este utente residia, e desde o dia 23 de Fevereiro que o mesmo está integrado num lar adequado às suas necessidades.
«A situação relatada pelo Bloco de Esquerda não se confirma, uma vez que o doente não foi referenciado para a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados. A situação necessitava, isso sim, de uma resposta de âmbito social, a qual foi encontrada», sublinhou.
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