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Escuteiros: gripe A«espalha-se» em viagem de autocarro

Grupo estava em Itália. Três jovens foram infectados e acabaram por infectar mais 13 na viagem de regresso

O grupo de escuteiros Agrupamento 1260 Bela Vista foi obrigado a regressar de Itália depois de três jovens terem sido contaminados com o vírus da gripe A. Os adolescentes não foram medicados com Tamiflu e a viagem de regresso a Portugal foi feita de autocarro juntamente com as outras crianças, com idades entre as 8 e os 17 anos. Pelo caminho, durante 34 horas de viagem, mais treze crianças foram infectadas com o vírus H1N1, confirmou ao tvi24.pt o responsável do agrupamento.

«Fomos obrigados a regressar sete dias mais cedo. Os miúdos ficaram tristes, mas foi melhor assim, se não teríamos de ser tratados lá», explicou o Nuno Renato, responsável pelo Agrupamento 1260 Bela Vista.

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Os primeiros três casos foram detectados na sexta-feira. Os jovens fizeram análises Hospital de Perugia, a 20 km de Assis, que vieram a confirmar tratar-se do vírus H1N1. «Fomos aconselhados a regressar e decidimos que seria melhor, pois se ficássemos em Itália a preocupação dos pais seria muito maior», explicou.

As autoridades italianas apenas deram tratamento para a febre, não medicaram os jovens com Tamiflu e não efectuaram o rastreio aos restantes 49 adolescentes. «Segundo me explicaram, Itália está numa fase mais avançada e terá sido por essa razão que não foi efectuado o rastreio». O grupo de escuteiros decidiu então regressar a Portugal, mas durante a viagem 13 outros jovens acabaram por contrair o vírus.

À chegada a Portugal, duas delegadas de Saúde separam os jovens com e sem sintomas e enviaram os casos suspeitos para o hospital D. Estefânia «no carro dos pais», contou Nuno Renato.

«Falta de apoio»

Um dos familiares de uma das crianças denunciou a falta de apoio das autoridades italianas, alegando que os jovens foram «escorraçados» de Itália. Nuno Renato explica que foi uma «reacção à quente, uma vez que o melhor mesmo foi regressar».

O mesmo responsável adiantou ainda que não conseguiu obter apoio do consulado português em Itália. «Liguei para o número de crise, mas não me puderam ajudar e deram-me os contactos do consulado. Consegui falar com alguém que me informou que não podiam fazer nada a um domingo».

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