A polícia desencadeou uma mega-operação na zona de Lisboa esta madrugada contra «crimes da noite» da qual resultou a detenção de seis pessoas e apreensão de mais de cinco mil euros, droga, carros e uma arma com silenciador. Das várias buscas na cidade, destaca-se a «visita» a quatro bares, possivelmente de alterne, situados na Duque Loulé, em Lisboa, e buscas em bares e restaurantes da baixa lisboeta.
Os detidos são suspeitos dos crimes de associação criminosa, lenocínio e tráfico de estupefacientes, relacionados com a actividade de diversão nocturna da cidade de Lisboa. A operação policial estará relacionada com a «operação Polvo», no entanto, a PSP «ainda» não confirma esta informação, uma vez que os suspeitos ainda vão ser ouvidos e ainda poderão ocorrer diligências.
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A «operação Polvo» decorreu em Novembro de 2007 e levou à detenção de 11 arguidos, acusados, entre outros crimes, de extorsão a estabelecimentos nocturnos. Ou seja, alguns bares e restaurantes seriam coagidos a pagar aos arguidos para serem protegidos.
As buscas desta madrugada incidiram sobre seis bares ou restaurantes na zona da baixa lisboeta para «recolha de prova», especifica a PSP, e também em quatro bares de alterne na zona da Duque Loulé. Esta zona da capital é actualmente um dos locais com mais casas desta natureza, nomeadamente, o «Elefante Branco» e o «Gallery», entre outros.
Os suspeitos têm entre 35 e 40 anos e são quatro homens e duas mulheres. A PSP recusou-se a confirmar a actividade profisional dos detidos, nomeadamente, se são empresários dos locais «visitados» pelas autoridades, adiantando apenas que fazem «parte do grupo».
A polícia apreendeu mais de mil doses de cocaína, dez de haxixe, mais de cinco mil euros, cinco viaturas e uma - pistola, calibre 9 mm, com silenciador. A operação policial teve início às 21h00 de quinta-feira e terminou às 4h00 do desta sexta-feira. Cerca de 130 elementos da PSP, ASAE e SEF efectuaram 14 buscas domiciliárias, 10 buscas não domiciliárias, nas zonas de Odivelas, Mem Martins e grande Lisboa.
A investigação é da responsabilidade da Unidade Especial de Combate à Criminalidade Especialmente Violenta do Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa. Os detidos serão apresentados a esta entidade para 1º interrogatório e aplicação das adequadas medidas de coacção.
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