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Algarve: não basta ter boas notas para entrar em Medicina

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Candidatos serão também seleccionados pela «atitude humana» e a «experiência de vida com pessoas vulneráveis»

Para entrar no novo curso de Medicina na Universidade do Algarve não basta uma licenciatura e boas notas: os candidatos serão também seleccionados pela «atitude humana» e a «experiência de vida com pessoas vulneráveis».

«A licenciatura e as notas não são os únicos critérios de selecção», disse o reitor da Universidade do Algarve (UAlg), João Guerreiro, em entrevista à Agência Lusa.

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Além de uma licenciatura em ciências relacionadas com a saúde, há outros critérios preferenciais para a selecção dos candidatos, explicou por seu turno José da Ponte, responsável pela criação do curso de Medicina para o Algarve e professor catedrático do King College de Londres.

A experiência de trabalho com pessoas vulneráveis, nomeadamente idosos ou crianças, missões em países em vias de desenvolvimento, competências básicas em informática e conhecimentos da língua inglesa falada e escrita serão valorizados na selecção dos candidatos ao curso mais recente de Medicina em Portugal.

Fazer em quatro anos o que os outros fazem em sete

Numa entrevista conjunta à Lusa, o reitor da UAlg e o mentor do recentemente aprovado curso de Medicina no Algarve, que arrancará em Setembro de 2009, explicaram que o humanismo dos candidatos e a dedicação de «corpo e alma» ao estudo serão critérios de selecção tão ou mais importantes que as notas da licenciatura.

A «atitude humana de respeito pelas pessoas» e o facto de se estar «apto a dar algo de si pelo outro com dedicação e entusiasmo» em vez de ter «atitudes mercantilistas para fazer dinheiro» serão importantes na hora de decidir que candidatos entram para Medicina no Algarve.

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«É um curso muito intenso», para fazer em quatro anos o que outros estudantes de outros cursos de Medicina fazem em sete, destacou João da Ponte, que desde 2003 trabalha na concretização de uma proposta inovadora para formação em Medicina em Portugal.

Os professores da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa vão inicialmente apoiar a UAlg na concretização da formação, mas o objectivo é que no futuro a Universidade do Algarve forme os seus próprios professores, explicou o reitor João Guerreiro.

A UAlg já identificou um mínimo de 15 especialidades para constarem do currículo de medicina do Algarve. Medicina Geral e Familiar, Medicina Interna, Cirurgia, Obstetrícia, Anatomia, Psiquiatria, Pediatria, Hematologia, Urologia, Oftalmologia, Oncologia ou Patologia são algumas dessas especialidades que vão ser abordadas nas sessões de análises de casos e que servem de base para formar um médico generalista.

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