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A reabertura, esta manhã, dos equipamentos desportivos das freguesias de Vila Franca de Xira mais afetadas pela legionella trouxe alguma normalidade ao quotidiano dos moradores, que exigem agora saber quem foram os responsáveis pela propagação do surto.
Há uma semana, a Câmara de Vila Franca de Xira tinha decretado o encerramento temporário dos equipamentos desportivos das freguesias de Vialonga e da Póvoa de Santa Iria/Forte da Casa e suspendido as aulas de Educação Física como medida de prevenção ao surto de legionella detetado a 07 de novembro e que já provocou a morte a oito pessoas, tendo infetado 317 pessoas.
Esta manhã, após uma decisão comunicada no sábado, os pavilhões e as piscinas municipais das duas freguesias foram reabertas ao público, uma medida que está a ser encarada pelos moradores como um sinal de «regresso à normalidade».
«Penso que as coisas estão a acalmar e que podemos estar mais descansados. Foram dias de muitas dúvidas e de muita preocupação. Espero sinceramente que tenham dado com o causador da doença», afirmou à agência Lusa Lurdes Sousa, moradora na freguesia de Vialonga.
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«Sim, isto costuma estar cheio. Eu calhei de ver nas notícias que iam reabrir as piscinas e liguei para aqui a confirmar. Se calhar há muita gente que ainda não sabe», afirmou Carlos Rodrigues, utilizador frequente das piscinas de Vialonga.
«Vamos começar amanhã, mas hoje os meninos estão a ter aulas nas salas de aula, como têm tido nestes dias», informou a mesma fonte.
Situação diferente verificou-se nas escolas da freguesia vizinha da Póvoa de Santa Iria e Forte da Casa, onde hoje de manhã já decorreram aulas de Educação Física, segundo confirmou à Lusa a vice diretora do Agrupamento de escolas daquela freguesia, Joana Valentim.
Em declarações à Lusa o presidente da junta de freguesia de Vialonga, José Gomes, explicou que, como a decisão da câmara de Vila Franca de Xira foi comunicada durante o fim de semana, alguns professores de educação física não vinham preparados para dar aulas práticas.
Contudo, o autarca afirmou que a normalidade está a voltar à freguesia, mas ressalvou que os moradores, sobretudo aqueles que foram diretamente afetados pelo surto de legionella, querem «apurar responsabilidades».
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«As pessoas que perderam familiares, ou amigos, ou que os têm internados no hospital, vão demorar mais tempo a recuperar. Neste momento estamos a recolher contactos e assim que possível iremos reunir com elas e com o nosso advogado para vermos o que podemos fazer em termos judiciais», apontou o autarca.
«Isto só terá fim quando os culpados forem condenados e castigados. Neste país toda a gente faz o que quer e nunca acontece nada», afirmou indignada Celeste Costa, que acompanhava os filhos às piscinas da Póvoa de Santa Iria, também reabertas hoje.
«Foi uma coisa muito grave e houve quem perdesse familiares. Para esses irá demorar mais. Além disso, permanece a incógnita de onde terá saído este surto», sublinhou.
Entretanto, está agendada para terça-feira, às 18:00, uma nova reunião extraordinária da Comissão Municipal de Proteção Civil do concelho.
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