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Legionella nas torres de refrigeração infetou doentes

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Autoridades já conseguiram estabelecer relação entre as amostras recolhidas e a bactéria encontrada nos pacientes. Conjugação de fenómenos atmosféricos raros motivou uma elevada concentração da bactéria no ar. Primeiro alerta foi dado a 7 de novembro

A Direção-Geral de Saúde, os ministros da Saúde e do Ambiente e todas as entidades envolvidas na task force que está a investigar o surto de legionella estão explicaram, esta sexta-feira, em conferência de imprensa, o balanço e os resultados conseguidos até ao momento. 

AS PRINCIPAIS CONCLUSÕES:

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- O diretor-geral de saúde, Francisco George, começou por indicar que o primeiro alerta foi dado no dia 7 de novembro, sexta-feira, no dia em que aquilo que se veio a verificar ser um surto da doença, foi notícia

- Foi a « conjugação rara» de fenómenos atmosféricos que esteve na origem da elevada concentração da bactéria nas torres de refrigeração da zona afetada. «Partículas finas na atmosfera orientes do norte de África, por um período de 14 dias» concentraram-se «nas torres que na altura eram suspeitas»

- «Há dados analíticos que estabelecem ligação entre bactérias encontradas em torres de arrefecimento e as amostras de pacientes com a doença», disse o diretor-geral de Saúde, Francisco George, pelo que se deduz que a bactéria se  propagou através de torres de refrigeração, mas as autoridades não especificam quais, porque é matéria que está em segredo de justiça, na sequência da investigação encetada pelo Ministério Público.

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- Quanto às  inspeções a empresas como a Adubos Portugal, Solvay e Central de Cervejas, entre outras que também foram alvo de ações do género, incluindo esta sexta-feira. Foi recolhida prova, que foi submetida ao Ministério Público e foi validada, segundo o ministro do Ambiente. Nunca foram descartadas hipóteses relativamente as outras torres de arrefecimento». Se há ou não «crime ambiental», como chegou a suspeitar, isso é matéria dos tribunais, indicou.

Não são esperados novos casos a partir do dia 17 de novembro, ou seja, a próxima segunda-feira. O risco de adquirir infeção ainda existe, neste momento, mas está minimizado desde o dia 10 de novembro, pelo que atendendo ao período de incubação, a partir de 20 de novembro, quinta-feira, é previsível regressar à normalidade 

- Estima-se que alguns casos poderão ainda ser diagnosticados, mas devido a exposição anterior a 10 de novembro 

-   Não são de excluir mais mortes, tendo em conta que ainda há 51 pessoas nos cuidados intensivos, mas «probabilidade de se morrer da doença é baixa»

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- Mais de 50 doentes já tiveram alta, «o que atesta a qualidade assistencial» dos hospitais, sublinhou Francisco George

- Foi dada a garantia de que a população que reside, trabalha ou tem de se deslocar às zonas afetadas - Vila Franca de Xira, Forte da Casa e Vialonga - já podevoltar ao seu dia-a-dia normal. «O presidente da câmara está de parabéns», elogiou o diretor da DGS

- As torres de refrigeração suspensas voltarão a laborar quando houver certezas de que já não há risco de infeção

«Não teria sido possível fazer melhor»

Francisco George quis sublinhar a raridade dos fenómenos observados: «Foi uma conjugação rara - queria repetir, rara - de fatores ambientais que a uma elevada concentração de bactérias e aerossóis em torres de arrefecimento».

Depois de elucidar os portugueses sobre todo o histórico de reuniões e ações tomadas pela task force, o diretor-geral de saúde disse, repetindo a frase, que «não teria sido possível fazer melhor».

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O ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, disse, por sua vez, que foram tomadas «as medidas certas, no tempo certo», que não se substituem à magistratura e aos tribunais no que toca ao apuramento de responsabilidades. Admitiu, sem nomear culpados, que «o foco estava nas torres de arrefecimento» e por isso é que a Inspeção-Geral do Ambiente avançou com ações inspetivas e outras extraordinárias. Agora está tudo nas mãos da justiça.    Não voltará a acontecer?

Esta é a pergunta do milhão de dólares. Ninguém pode controlar as condições meteorológicas, como frisou o ministro do Ambiente. 

«O que está em causa é a avaliação de risco. Agora estamos perante situação normalizada o que é necessário é que as empresas, quaisquer que sejam os fenómenos externos adversos, cumpram o seu trabalho».

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