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Papa: «A maior operação de segurança de sempre»

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Secretário-geral de segurança interna diz que é a situação que envolve mais meios, «embora não haja nenhuma razão de ameaça que obrigue a medidas especiais»

O secretário-geral de segurança interna admitiu à Lusa que a operação de segurança montada para a visita do papa Bento XVI a Portugal é «a maior de sempre» em meios envolvidos.

«Admito que sim, na parte que diz respeito ao empenhamento de meios, embora não haja nenhuma razão especial de ameaça que nos obrigue a tomar medidas especiais», disse à Lusa Mário Mendes à margem do seminário Segurança e Defesa, a decorrer em Torres Novas.

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Segundo o secretário geral do sistema de segurança interna, a grande operação montada não se deve a um elevado grau de ameaça à figura do papa, mas sobretudo por ser uma «visita especial de alguém que traz atrás de si multidões», sendo que esse controlo «obrigada a um enorme esforço» das autoridades.

O responsável máximo pela coordenação da operação de segurança adiantou que o grau de ameaça em termos de segurança é avaliado «em permanência» e comparou-o ao «alerta amarelo» definido pela Protecção civil, negando que o país esteja em alerta máximo.

Assim, adiantou, a deslocação do papa Bento XVI vem testar a capacidade das forças de segurança, emergência e socorro portuguesas «que já é boa».

Forças de segurança têm sido testadas

Para isso, defendeu, contribuiu «o envolvimento das forças de segurança em alguns teatros internacionais complicados, por exemplo em Timor ou na Bósnia» e o euro 2004.

O campeonato europeu de futebol de 2004 «foi um teste importantíssimo» em termos de segurança e «correu tudo excepcionalmente bem, pelo que Portugal é quase uma referência a nível europeu», frisou.

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Cooperação internacional

Quanto à cooperação internacional entre polícias, o conselheiro explicou que esta tem sido permanente e crucial.

«A cooperação internacional está a ser desenvolvida com recurso a instituições existentes para buscar informações sobre pessoas suspeitas que se podem deslocar a Portugal», disse, dando como exemplo «a colaboração directa com as autoridades do Vaticano e italianas com muito mais experiência do que Portugal no controlo e segurança das visitas do papa».

O dispositivo português está também a trabalhar com «polícias de países que o papa irá visitar», através de observadores que se deslocaram a Portugal, nomeadamente de Espanha.

«Não há riscos especiais»

Quanto aos riscos que a visita do chefe de Estado do Vaticano implica, o responsável pela segurança afirmou que «não foram detectados riscos especiais», mas é necessário «acautelar a vertente da segurança das pessoas, por eventuais acidentes e incidentes que podem ocorrer e que são típicos quando há concentração de multidões».

«Se acontecer qualquer tipo de situação que possa gerar algum descontrolo para as multidões é necessário que as forças de segurança acorram para restituir a ordem pública em perfeita articulação com os meios de socorro».

Responsável máximo pela montagem desta mega-operação policial, o secretário-geral de segurança interna mostrou-se confiante de que tudo vai correr bem, lembrando que no final do ano Portugal será novamente posto à prova com a cimeira da NATO.

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