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O presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos criticou esta terça-feira a “sucessão de medidas avulsas” para incentivar a colocação de especialistas em zonas carenciadas, alertando para a eventualidade de poderem violar o princípio da igualdade.
“O sistema de incentivos poderá configurar violação do princípio da igualdade no que diz respeito aos médicos vinculados há mais tempo ao estabelecimento e especialidade agora qualificados como zona geográfica carenciada”, afirma Carlos Cortes, citado numa nota de imprensa.
“Existe uma profunda desigualdade e incoerência. Criar divisões artificiais entre profissionais terá um impacto negativo sobre o trabalho em equipa”, considera o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos.
Para o dirigente, “todos os médicos que estão a trabalhar em zonas carenciadas devem estar sujeitos aos mesmos critérios de atribuição de incentivos”.
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“A Ordem dos Médicos não pactuará com estas discrepâncias e desigualdades”, disse.
Segundo a ordem, na região Centro, por exemplo, está em causa a especialidade de Cirurgia Geral no Centro Hospitalar da Cova da Beira e nas unidades locais de saúde da Guarda e de Castelo Branco.
Na mesma situação estão as especialidades de Ginecologia/Obstetrícia na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, e Medicina Interna no Centro Hospitalar da Cova da Beira e unidades locais da Guarda e de Castelo Branco.
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