O primeiro-ministro, José Sócrates, comprometeu-se hoje a consolidar as contas do Estado, sobretudo diminuindo o peso da despesa pública, e sublinhou que pela primeira vez em 30 anos haverá dois anos consecutivos sem orçamento rectificativo.
José Sócrates prometeu ainda que o investimento público crescerá moderadamente e os mecanismos de acção social escolar serão reforçadas no Orçamento do Estado para 2008, que o governo deve apresentar no parlamentar até 12 de Outubro.
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No próximo Orçamento de Estado «aumentarão os incentivos fiscais à instalação e actividade de empresas nos concelhos do interior», adiantou.
O primeiro-ministro e o líder socialista falava no Parque das Nações na abertura de mais uma edição do Fórum Novas Fronteiras com o tema «Dois anos e meio de Governo - Oportunidades para todos» que marca a abertura do ano político por parte do PS.
«Este ano com dados que já temos da execução orçamental posso garantir-vos a todos que tal como no passado não vamos apresentar orçamento rectificativo. Pela primeira vez nos últimos 30 anos, não há orçamento rectificativo em dois anos consecutivos», declarou Sócrates, perante a sala cheia da Feira Internacional de Lisboa (FIL).
José Sócrates reiterou que o governo vai cumprir o défice de 3,3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) previsto no orçamento para este ano e sustentou que «Portugal está a ganhar o desafio económico e orçamental».
«Vamos, portanto, por as contas públicas em ordem, consolidando-as sobretudo pelo lado da despesa e diminuindo o peso das despesa pública no PIB», adiantou.
Sócrates referiu como novidade que «o investimento total já é positivo e o investimento privado está agora em Portugal em franca aceleração» e disse que no próximo orçamento «o investimento público crescerá com moderação, mas de forma efectiva».
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