«A Cisco Portugal está profundamente empenhada em contribuir para o sucesso do Hércules de forma a garantir um nível elevado de apoio nas operações da Cisco a nível europeu», disse em conferência de imprensa, esta terça-feira, o director-geral da empresa em Portugal, Carlos Brazão.
Para o funcionamento do primeiro centro internacional de suporte do grupo americano, que inicia actividade em Julho, Portugal concorreu com a Holanda e a Irlanda, mas venceu a candidatura devido «à diversidade linguística, à cultura de trabalho e abundância de recursos qualificados».
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Neste ponto, o centro operativo de vendas de produtos de telecomunicações a ser instalado em Lisboa vai implicar o recrutamento de 50 pessoas na fase inicial, passando depois para as 80 já em 2008.
País tem mais relações com Trindade e Tobago do que com EUA
O projecto Hércules, que prevê a negociação de um «portfólio» de 20 mil produtos da Cisco Systems, contou com o apoio do governo e da Agência Portuguesa de Investimento (API) na fase de candidatura, que durou cerca de três meses.
«Portugal tem cada vez mais um bom ambiente para os negócios», sublinhou aos jornalistas o coordenador nacional do Plano Estratégico de Lisboa, Carlos Zorrinho, acrescentando que «uma empresa global como a Cisco, em que a relação com os clientes é o coração do negócio, escolheu Portugal para ser o seu coração dos negócios».
Já para o presidente da Agência Portuguesa para o Investimento (API), Basílio Horta, este negócio com um grupo norte-americano é de elogiar porque «Portugal tem de ter mais relações comerciais com a maior economia do mundo». Segundo Basílio Horta, isso não se verifica actualmente dado que o país «tem mais relações com Trindade e Tobago do que com os Estados Unidos».
Recorde-se que a multinacional Cisco tem crescido em Portugal, nos últimos anos, a um nível de 40% ao ano.
O novo centro operacional da empresa norte-americana vai implicar ainda uma mudança de instalações, numa zona de Lisboa, cidade escolhida «por ter um aeroporto internacional, factor fundamental para o negócio», concluiu Carlos Brazão.
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