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Internet espalha mitos sobre a gripe A

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Especialistas esclarecem alguns casos que têm lançado o pânico no Brasil

O medo da gripe A está a criar alarme um pouco por todo o mundo e a Internet é cada vez mais um meio utilizado para propagar o pânico. Especialistas vêem agora desmistificar as dúvidas que possam surgir a partir da desinformação.

Uma das primeiras situações, detectada no Brasil, foi uma conversa a partir de um sistema de mensagens instantâneas através da Internet, entre um suposto médico de Curitiba e uma mulher, fisioterapeuta. Nessa conversa foram discutidas possíveis mortes de médicos da capital do Paraná devido a gripe A, situação desmentida por um dos médicos envolvidos, Marcelo Tizzot, endocrinologista de Curitiba.

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Nas mensagens eram igualmente transmitidas outras informações, como por exemplo o facto de os médicos não saberem como actuar com os pacientes, chegando a colocá-los em coma induzido de forma a evitarem que os sintomas piorassem.

Os infecciologistas Edimilson Migowski, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Antônio Pignatari, do Hospital 9 de Julho, de São Paulo consideram estas afirmações falsas e afirmam que «não há motivo para pânico», citados pelo «Globo».

«Vacina assassina»

Um outro rumor que corre pela Internet refere-se ao Tamiflu, um antiviral utilizado no tratamento da gripe A. Um e-mail que circula na rede diz que a vacina contra a nova gripe é uma forma de fazer um «genocídio em massa do planeta».

Acontece que o erro passa pela associação do nome Tamiflu à nova vacina. Segundo o e-mail, a vacina, seria fatal por conter substâncias tóxicas, o mercúrio e o óleo de esqualeno. Acontece que estas duas substâncias além de serem seguras, são utilizadas noutras vacinas, como explicou Edimilson Migowski.

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Segundo a Organização Mundial de Saúde, a substância óleo de esqualeno é inclusive utilizada como aditivo nas vacinas contra os vírus influenza, aumentando a resposta imune do organismo.

Chá de erva-doce cura a gripe A

Mais um e-mail que circula, sugere a erva-doce para combater a gripe A em vez do Tamiflu. A verdade é que o Tamiflu contém um princípio activo retirado de uma especiaria chamada de «anis estrelado», encontrada na China.

Uma vez que a mesma não existe no Brasil, como opção, o mail sugere que as pessoas utilizem erva-doce, que teria o mesmo princípio activo. Segundo o médico Edimilson Migowski isso não é verdade.

Sem se pronunciar a respeito das mensagens que circulam na Internet, o laboratório Roche, fabricante do Tamiflu, esclarece, através do seu site que «a matéria-prima do processo produtivo do Tamiflu é o ácido químico, extraído das vagens (a parte que embrulha as sementes, em forma de um octágono) do anis estrelado».

Consumir chá de erva-doce não faz mal a ninguém mas não será a solução, caso os sintomas sejam graves, nessa altura o infectologista Antônio Pignatari sugere que «a pessoa precisa procurar o médico para tomar o Tamiflu».

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