Os criminosos da Internet estão a deixar de infectar computadores eles mesmos e a criar lojas que oferecem gigabytes de informação a um preço fixo, escreve a BBC.
Numa conferência europeia sobre a segurança da informação, os especialistas afirmaram que a fraude online está a aumentar rapidamente e deixaram um apelo à polícia para que esteja atenta ao problema.
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A última estratégia adoptada pelos criminosos da rede é comprar informação a terceiros, em vez de usar os seus próprios servidores e ferramentas que prejudicam os sites.
A firma de segurança online Finjan descobriu sites que oferecem historiais médicos, informações sobre o transporte de bens, e-mail de empresas e pormenores de reformas. «Tudo isto foi encontrado no servidor de um hacker e acreditamos que era informação reunida para ser vendida online», disse Yuval Ben-Itzhak, director de tecnologia da empresa.
Enquanto as informações de cartões de crédito são baratas, custando apenas alguns euros, os registos de grandes empresas podem atingir os 200 euros.
Bruce Schneier, fundador da firma de segurança na rede BT Counterpane, diz que a Internet é rica em actividade criminal. Schneier não acredita que as soluções de segurança, que se concentram nas estratégias destes criminosos, sejam a melhor maneira de os derrotar. «A realidade da ameaça pode mudar. Há novas tácticas todos os meses e no próximo ano vai haver coisas em que ainda nem sequer pensamos. É difícil criar um modelo de ameaça quando não sabemos o que vai acontecer», disse.
As descobertas da firma Sophos que sugerem um regresso às técnicas tradicionais dos hackers adolescentes, foi uma outra tendência referida na conferência. «Estamos a ver vírus que evocam os vírus deliberadamente complicados do inicio dos anos 90 e parece que são criados pelo mesmo tipo de pessoas», diz Paul Ducklin, director de tecnologia da empresa.
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