No subsolo de Marte podem existir condições para o aparecimento de formas de vida, afirmou o cientista russo Oleg Korabliov, do Instituto de Investigações Espaciais da Academia de Ciências da Rússia.
«A superfície do planeta vermelho é pouco apta à vida, mas no subsolo, a pouca profundidade, as condições para a sua existência podem ser completamente aceitáveis», acrescentou, sublinhando a importância da missão robótica «ExoMars», que está a ser preparada pela Agência Espacial Europeia (ESA).
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Em Marte «há pouco ozono, mas a espessura da atmosfera é tão pequena que a radiação solar ultravioleta chega à superfície do planeta quase com toda a sua força e, literalmente, esteriliza-a», explicou, citado pela agência Interfax.
Korabliov assinalou que em Marte «é preciso cavar, e não só à superfície como o fizeram os «rovers» norte-americanos, mas em profundidade», o que poderá ser feito com êxito pelo «ExoMars».
O robô da ESA, cujo lançamento até Marte está previsto para 2013, está munido de uma perfuradora que pode escavar até dois metros de profundidade.
O cientista russo acrescentou que as amostras do subsolo marciano serão primeiro examinadas com microscópios e depois queimadas para analisar os gases gerados na sua combustão.
«Será uma análise dirigida à busca de produtos biológicos e traços de vida biológica», disse Korabliov, que se manifestou confiante em que a Rússia venha a participar na missão de ESA.
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