Até ao momento, todas as fotografias do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko eram a preto e branco, sendo o cometa retratado na escala dos cinzentos. Mas a divulgação da primeira fotografia a cores está a criar dúvidas quanto às cores reais do corpo celeste, onde o robot Philae pousou em Novembro. «É mais negro que o carvão», lia-se na declaração, emitida em setembro pelos cientistas de Rosetta, a nave espacial da Agência Espacial Europeia (ESA). Mas a fotografia a cores, partilhada pela equipa de investigadores encarregue de OSIRIS, uma das câmaras incorporadas na sonda Rosetta, está a criar dúvidas sobre se aquelas se tratam das verdadeiras cores do cometa ou se a fotografia terá sido feita de forma a destacar determinadas características da sua geologia.
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«A imagem não retrata a cor real, é uma composição em que se realçam certas cores», afirma Miguel Pérez Ayúcar, cientista da missão Rosetta.
«Trata-se de uma composição de três imagens de OSIRIS, que foram feitas com filtros vermelho, verde e azul», explica Michael Kueppers, coordenador de operações científicas no Centro de Astronomia Espacial da ESA de Villanueva de la Cañada (Madrid), ao jornal espanhol El Mundo.
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