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Combater o «bullying» em frente ao computador

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Crianças podem aprender virtualmente estratégias para responder à violência real com um programa informático

As crianças poderão aprender virtualmente estratégias para responder à violência real com um programa informático desenvolvido pelo Instituto Superior Técnico. Prontas a instalar em computadores de escolas estão as versões inglesa e alemã, mas para a portuguesa ainda falta investimento, noticia a Lusa.

João Dias, investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e de Computadores, Investigação e Desenvolvimento (INESC-ID), referiu à Agência Lusa que o projecto começou há alguns anos para ajudar a «lidar com um problema emergente: o «bullying» nas escolas».

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Este comportamento passa por colegas de escola agredirem repetidamente outros, física ou psicologicamente. Entre os rapazes, o «bullying» é mais físico, enquanto entre o sexo feminino a violência passa mais pela humilhação emocional.

«Os rapazes batem mais e insultam. As raparigas praticam um «bullying« relacional, querem que a vítima se sinta mal, rejeitada e deixe de ter amigos», conta João Dias, exemplificando com os convites para uma festa de aniversário que deixam de fora propositadamente apenas uma rapariga.

Veja aqui o vídeo:

Conselhos numa espécie de msn

No programa informático intitulado «FearNot!» (não tenhas medo) pretende-se ajudar as crianças entre os oito e os 12 anos a lidar com o problema, através de conselhos. A aplicação começa com a apresentação das personagens e das situações, cabendo depois a uma das partes dar conselhos numa espécie de site de conversação, como o Messenger.

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Conselhos como ripostar, fazer amigos ou recorrer aos pais são depois justificados pelas crianças, que foi uma das exigências dos psicólogos para melhor analisarem as reacções.

Os investigadores não quiseram que a criança fizesse o papel de vítima, para não se sentir pior sentada em frente ao ecrã de um computador com uma situação que eventualmente esteja a viver na realidade. O programa também serve para que a criança perceba se ela própria, afinal, é um agressor.

O desenvolvimento do projecto foi feito com psicólogos e os testes envolveram mil crianças em Inglaterra e Alemanha. Por isso, o «Fearnot!» actualmente fala apenas as línguas desses países.

«São precisos recursos e investimentos», disse o investigador à Lusa, garantindo que depois do financiamento a tarefa será fácil, porque em termos técnicos a aplicação está pronta a avançar.

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