A Alstom Portugal, fabricante de material ferroviário, está interessada em concorrer aos três concursos previstos para o projecto português de alta velocidade-comboios, sinalização e infra-estruturas-, revelou à agência «Lusa» o presidente da empresa.
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Nesta matéria, o presidente do grupo que está presente em Lisboa, Setúbal e na Maia, explicou que a Alstom é a única empresa que tem um sistema de sinalização de alta velocidade em serviço comercial, na linha Roma-Nápoles, em Itália, o ERTMS de nível 2, que permite a interoperabilidade entre as diversas linhas.
Modelo segue exemplos europeus
O modelo de negócio para o projecto português, apresentado pelo Governo em Junho de 2007, assenta em seis parcerias público-privadas (PPP): cinco para os troços e uma global para telecomunicações.
Orçado em 6,5 mil milhões de euros, assegurando o Estado financiamento de 33%, os fundos comunitários 19% e os investidores privados 45%.
Um modelo de negócio que para o presidente da Alstom, «segue a tendência que se está a verificar na Europa», já que a empresa suportaria o modelo e a forma como o projecto seria promovido.
Em declarações à «Lusa», o presidente da Alstom em Portugal, disse também que a empresa está «a tentar fazer parcerias com empresas portuguesas», apesar de admitir que no caso do concurso para as infra-estruturas ser «expectável que os grupos de construção civil assumam a liderança, uma vez que é a parte mais significativa do investimento total».
«A Alstom Transport trabalha, desde há muitos anos, com fornecedores portugueses», afirmou o responsável, acrescentando que «a Alstom Transport tem feito parcerias com empresas portuguesas para concorrer a projectos de construção de infra-estruturas ferroviárias internacionais, tendo contribuído para a internacionalização de algumas delas».
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