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A tecnologia podia ajudar a salvar o SNS

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Um maior uso de tecnologias podia baixar despesas dos transportes de doentes para metade

Um especalista em tecnologias de comunicação em saúde defendeu hoje que mais de metade da despesa do Estado com o transporte de doentes seria evitável se os instrumentos informáticos fossem mais usados pelos profisisonais do setor.

Paulo Moreira coordenou uma investigação sobre e-Health (uso de tecnologias de comunicação e informação para a saúde) que será apresentada na próxima semana e que concluiu que apenas um terço dos profissionais de saúde inquiridos usa estas plataformas.

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O estudo - composto por 1.507 questionários a médicos, farmacêuticos e enfermeiros ¿ revelou que «apenas metade dos inquiridos no estudo (50,7 por cento) conhece ou já ouviu falar no conceito de e-Health».

A rentabilização de recursos foi um dos argumentos apontados por 46,3 por cento para a utilização deste tipo de plataformas, sendo o acesso a mais informação o mais indicado (58,5 por cento).

Para Paulo Moreira, da Escola Nacional de Saúde Pública e editor de uma revista internacional de saúde, uma maior utilização destas plataformas resultaria em poupanças de «muitos milhares de euros».

Sem contabilizar, Paulo Moreira deu o exemplo do transporte de doentes, cuja despesa poderia baixar no Serviço Nacional de Saúde (SNS) para menos de metade se fossem mais usados estes recursos.

As deslocações seriam evitáveis graças a consultas on-line, prestação de serviços de telemedicina, conferências médicas ou telemonitorização, disse.

Paulo Moreira deu ainda o exemplo dos exames médicos, cuja repetição custa muito dinheiro ao Estado, uma despesa que «seria evitável com um registo eletrónico eficaz».

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O estudo indica que os médicos são «o grupo mais familiarizado com este conceito, enquanto os farmacêuticos são o que apresentam menor grau de notoriedade global relativamente a este conceito».

A frequência de utilização deste tipo de plataformas é «elevada»: «Mais de metade dos utilizadores (53,1 por cento) fá-lo pelo menos uma vez por semana e mais de um terço (37,4 por cento) afirmou mesmo utilizar, diariamente, este tipo de ferramenta no exercício da sua atividade profissional».

A necessidade de uma maior divulgação deste tipo de plataformas junto dos diversos profissionais de saúde foi a principal medida apontada pelos inquiridos para promover uma maior utilização de plataformas de e-Health em Portugal.

A prescrição eletrónica, o registo eletrónico dos doentes e a telemedicina são as principais aplicações da e-Health em Portugal.

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