O secretário de Estado adjunto e do Orçamento português, Emanuel Augusto dos Santos, que compareceu à reunião do Ecofin em substituição do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, considerou que está a verificar-se uma evolução favorável na maioria dos indicadores de confiança económica, prevendo-se uma aceleração da actividade económica neste último trimestre do ano. Previsões que poderiam ser colocadas em causa com um aumento do preço do dinheiro pelo BCE.
Portugal seria precisamente um dos países que mais teria a perder com um eventual revés nesta tendência de recuperação da economia europeia, já que o crescimento interno se deve sobretudo às exportações, maioritariamente para os outros Estados da União.
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Outra das razões porque o BCE não deve aumentar as taxas de juro é que a inflação parece estar «controlada», apesar da pressão provocada pelo preço do petróleo, que levou já a inflação dos Doze a atingir 2,5% em Outubro. Uma taxa um pouco superior ao limite de 2%, que o BCE estabeleceu como ideal para a estabilidade de preços neste ano e que já não deverá ser atingido.
Por tudo isto, diz o secretário de Estado que «que não será de prever que o BCE venha a aumentar as taxas no muito curto prazo, ou seja, para o mês que vem».
Recorde-se que as taxas de juro do BCE se mantêm nos 2% desde Junho de 2003, o valor mais baixo em seis décadas. O Banco Central já admitiu que está preparado para aumentar o preço do dinheiro, «a qualquer momento», mas do outro lado do Atlântico, a Reserva Federal norte-americana, cujas taxas estão já em 4%, continua a falar num aumento gradual das taxas.
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