Esta sexta-feira foi divulgado mais um número assustador em relação ao desemprego. O Instituto Nacional de Estatística divulgou que a taxa de desemprego em Portugal, no primeiro trimestre, alcançou os 8,9 por cento. Como são encarados estes números e o que podemos esperar para este ano? Os economistas ouvidos pela Agência Financeira apontam os cenários.
Portugal: desemprego atinge os 8,9% no 1º trimestre
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Desemprego: ministro reage com «preocupação»
Para o economista da Informação de Mercados Financeiros (IMF), Filipe Garcia, «os números do desemprego são piores do que o esperado, ainda que qualquer estimativa fosse arriscada».
«O mercado de trabalho em Portugal está em mutação e quase imprevisível. A evolução do emprego é preocupante, tanto mais que estamos com os piores indicadores desde há mais de 20 anos», acrescenta o mesmo economista.
Para o BPI, o número apresentado pelo INE «acaba por estar em linha com a retracção da actividade económica».
Os números «são o reflexo da crise económica, mas não só», diz Filipe Garcia. «Estamos provavelmente perante três tipos de fenómeno: o desemprego, o outsourcing laboral e o subemprego», refere o responsável.
O BPI vai mais longe nas estimativas e aponta um número. Durante este no, estimamos que o desemprego permaneça num nível «bastante elevado», adiantando que em termos médios possa atingir os 9,1%.
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