A instituição financeira diz no seu último boletim mensal que também o baixo nível de confiança dos consumidores nos países europeus constitui um entrave ao aceleramento da expansão económica.
Em termos mundiais, são os desequilíbrios que continuam a preocupar o banco, como o elevado défice externo dos EUA e o fortíssimo crescimento da economia chinesa e das suas exportações.
PUB
Riscos à parte, a tendência da economia dos Doze é para uma recuperação sustentada, mas gradual, sustentada pelo sólido crescimento da procura mundial e pela crescente competitividade dos preços, que deverão ajudar a aumentar as exportações.
Apesar da previsão do Eurostat, que aponta para uma subida da inflação para 2,2% em Julho, o BCE acredita que não estão a acumular-se pressões inflacionistas na Zona Euro, até porque a evolução dos salários continua a ser moderada, sobre a qual apenas o petróleo ameaça ter um impacto diferente.
Sobre as taxas de juro, o BCE apenas constata que estão «baixas», o que tem estado a alimentar o crédito e o consumo, advertindo apenas para a «necessidade de levar a cabo um seguimento atento da evolução dos preços dos activos, especialmente dos mercados imobiliários».
Previsão aponta para crescimento de 0,6% no último trimestre
De acordo com dados da Comissão Europeia, também divulgados hoje, a economia dos Doze deverá registar uma expansão de 0,6% no último trimestre deste ano, após um crescimento estimado em 0,4% no presente trimestre.
A verificarem-se as previsões da Comissão, o crescimento registará o ritmo mais elevado dos últimos dois anos no final de 2005. Recorde-se que, nos primeiros três meses, a Zona Euro cresceu 0,5%, abrandando depois para 0,3% no trimestre seguinte.
PUB