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Europa: Bruxelas mantém previsão de contracção de 4%

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Segundo semestre será melhor

A Comissão Europeia mantém a sua previsão de que a economia da União Europeia e da Zona Euro registará uma contracção de 4% este ano.

O valor, que consta das previsões intercalares, divulgadas esta segunda-feira, é idêntico ao estimado aquando das Previsões Económicas de Primavera, de Maio.

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Estas previsões intercalares baseiam-se em estimativas apenas para as sete economias europeias mais importantes, mas que influenciam todas as outras. Bruxelas acredita que, depois de um início de ano que se revelou pior que o previsto, o segundo semestre correrá melhor.

«A situação económica melhorou consideravelmente em relação ao segundo trimestre, o que faz prever um crescimento mais dinâmico no segundo semestre do ano. Não obstante, como a actividade económica no final de 2008 e no início de 2009 se revelou pior do que as estimativas iniciais, é ainda de antever que, conforme previsto na Primavera, o PIB venha a registar no corrente ano uma quebra de 4% tanto na UE como na área do euro. Contudo, o nível de incerteza continua elevado e, se bem que a retoma possa vir a constituir uma agradável surpresa a muito curto prazo, resta ainda saber se será sustentável».

Também a previsão para a inflação deste ano se mantém, de 0,9% na União Europeia e de 0,4% na Zona Euro, «uma vez que os efeitos de base dos anteriores aumentos dos preços da energia e dos produtos alimentares, responsáveis pela baixa dos preços, se estão a atenuar e não se vislumbram quaisquer pressões inflacionistas dignas de registo».

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Medidas de estímulo fundamentais

Nas palavras de Joaquín Almunia, Comissário responsável pelos assuntos económicos e monetários, «a melhoria da situação deve-se sobretudo aos montantes de capital sem precedentes que os bancos centrais e as entidades públicas injectaram na economia, mas as debilidades económicas continuarão a repercutir-se no emprego e nas finanças públicas. Temos de continuar a aplicar as medidas de recuperação anunciadas para 2009 e 2010 e acelerar a reforma do sector financeiro para garantir que os bancos estejam preparados para conceder empréstimos em condições razoáveis quando as empresas e as famílias retomarem os seus planos de investimento. Teremos também de delinear uma estratégia de saída clara, credível e coordenada para colocar de novo as finanças públicas numa trajectória sustentável e reunir os recursos necessários para aumentar o potencial de crescimento e emprego da Europa».

Bruxelas diz ainda que «os ventos de feição intensificaram-se durante o Verão, quando a economia mundial se começou a estabilizar graças em parte a tomadas de acção decisivas. A melhoria das condições financeiras contribuiu para abrandar consideravelmente a queda do PIB da UE no segundo trimestre (-0,2% em variação homóloga em relação a -2,4% no primeiro trimestre de 2009). Numa altura em que o ciclo das existências se encontra num ponto de viragem e a confiança aumenta em praticamente todos os países e sectores, as perspectivas a curto prazo afiguram-se favoráveis».

Partindo destas tendências, as previsões da Comissão reviram ligeiramente no sentido da alta as projecções de crescimento para o segundo semestre do corrente ano. No entanto, em virtude das revisões em baixa das estimativas relativas ao crescimento para 2008 e para o primeiro trimestre de 2009, as previsões de queda do PIB relativamente a todo o ano de 2009 não sofrem alterações.

De resto, o enquadramento internacional está também cada vez mais favorável, uma vez que «a economia mundial já não está em queda livre», com a retoma a ser liderada pelas economias asiáticas emergentes.

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