Combustíveis: quebra de vendas abranda - TVI

Combustíveis: quebra de vendas abranda

Combustiveis (arquivo)

Causa é a «ligeira retoma da economia»

O presidente da Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC) afirmou hoje que as vendas de combustíveis em Portugal têm vindo a registar uma quebra menos acentuada nos primeiros três meses deste ano, face ao período homólogo de 2009, devido à ligeira retoma da economia.

«A retoma ligeira da economia está na base da menor quebra das vendas de combustíveis no primeiro trimestre deste ano no país, comparativamente aos três primeiros meses do ano passado», disse à agência Lusa o presidente da ANAREC, Virgílio Constantino.

O dirigente explicou também que a quebra das vendas de combustíveis tem a ver igualmente com a deslocalização do abastecimento para Espanha, sobretudo ao nível do gasóleo, o qual está associado ao transporte rodoviário internacional de mercadorias.

O menor consumo das famílias e das empresas num ano de fraco crescimento da economia, e na sequência de uma «profunda crise internacional», explicam também a manutenção da quebra nas vendas de combustíveis (gasóleo e gasolina).

Associada à procura de combustíveis estão os preços de referência do gasóleo e da gasolina por parte das petrolíferas.

A Repsol aumentou já os preços em 0,4 cêntimos, tanto da gasolina, como do gasóleo. A companhia subiu, na terça feira, o preço do litro da gasolina para 1,441 euros, enquanto que o custo do gasóleo aumentou para 1,199 euros, disse à Lusa fonte oficial da empresa espanhola.

Por sua vez, a Cepsa também alterou os preços esta semana. A gasolina está atualmente a 1,434 euros e o preço do gasóleo a 1,199 euros o litro, o que representou um acréscimo de um cêntimo em ambos os combustíveis.

A Galp também já tinha alterado os preços dos combustíveis. Nos postos de companhia o custo de referência da gasolina desceu um cêntimo para 1,434 euros por litro, enquanto que o gasóleo se fixou em 1,999 euros, também menos um cêntimo.

No caso da BP, os preços ainda não foram mexidos esta semana.

Os preços praticados pelas gasolineiras têm como base a cotação média da gasolina e do gasóleo na semana anterior nos refinadores.

O preço do petróleo bruto caiu hoje, aproximando-se da maior queda semanal dos últimos 16 meses, devido à crise do custo do financiamento na Europa que está a afetar a recuperação económica global.

Em Nova Iorque, o petróleo para entrega de junho caiu 2,21 dólares, isto é, 2,9 por cento, para 74,90 dólares o barril, enquanto que em Londres o Brent para entrega em junho caiu 1,20 dólares, ou seja, 1,5 por cento, para 78,63 dólares o barril.
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