Apito: PGR manda investigar DIAP do Porto

O procurador-geral da República, Pinto Monteiro, mandou investigar o Ministério Público da cidade do Porto, após ter recebido uma denúncia assinada, que levanta suspeitas sobre as decisões dos procuradores aquele organismo.



Segundo a edição deste sábado do Expresso, em causa estão os arquivamentos dos processos do presidente do FC Porto, Pinto da Costa, no âmbito do caso Apito Dourado, entretanto reabertos pela equipa liderada pela procuradora-geral-adjunta, Maria José Morgado.

No texto remetido a Pinto Monteiro são destacadas suspeitas sobre decisões dos procuradores do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto relativamente aos processos sobre os jogos dos «azuis e brancos» com o Beira-Mar e o Estrela da Amadora.

Após os processos terem sido remetidos da comarca de Gondomar para o DIAP do Porto, houve arquivamento, considerando-se que não existiam provas suficientes para acusar Pinto da Costa dos crimes de corrupção desportiva activa.

Estes casos foram entretanto reabertos por Maria José Morgado tendo em conta o depoimento da ex-companheira de Pinto da Costa do presidente do FC Porto, Carolina Salgado.

Esta semana também, um dossier anónimo, impresso em folhas com o timbre da Polícia Judiciária (PJ), apontava ilegalidades à equipa de Morgado. O PGR confirmou que o documento levanta «suspeições» e anunciou que o conteúdo seria investigado.

Entretanto, um procurador-geral-adjunto foi já nomeado para investigar todos os acontecimentos paralelos ao processo Apito Dourado, nomeadamente o dossier anónimo e a forma como a irmã de Carolina, Ana Maria Salgado, prestou declarações ao DIAP da Invicta.