GOE arrombou porta do banco - TVI

GOE arrombou porta do banco

Assalto a banco [Arquivo]

O PDiário assistiu de perto à entrada com arrombamento dos elementos das forças de segurança

As conversações com o sequestrador não foram fáceis: o homem munido com uma pistola de 6,35 milímetros pouco falou com o negociador da PSP.

Segundo o Intendente Magina da Silva, que perto das 5h30 da madrugada prestou declarações aos jornalistas, os «contactos foram esporádicos e muito curtos». Enquanto o sequestrador recusava os contactos com os agentes de segurança, os jornalistas tentavam observar o que se passava frente ao balcão do BES.

Com a ajuda de alguns moradores, os operadores de câmara puderam filmar de perto o que acontecia naquela avenida pacata da cidade. Próximo da dependência, o PortugalDiário assistiu à entrada com arrombamento dos elementos das forças de segurança. Depois da entrada de cerca de uma dezena de agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE), e de se ter ouvido dois estrondos, que não foram confirmados como sendo tiros, assomou à porta a primeira refém, uma funcionária do banco, que há dois meses substituía a colega grávida que, durante o assalto, se dizia estar feita refém neste balcão. Logo de seguida, saiu um homem de meia-idade, envergando fato e gravata, também funcionário do banco.

Estes eram os dois únicos elementos que estavam devidamente identificados e até a polícia ter a certeza cabal sobre a identidade dos indivíduos as preocupações habituais levam os agentes a algemar mesmo os outros reféns: assim, seguiu-se um jovem, algemado, e outro mais velho com dificuldades de locomoção também agrilhoado. Logo dentro da carrinha da PJ, para onde seguiram depois para interrogatório, a estes dois clientes foram retiradas as algemas. Mas as normas obrigam que todos, reféns e sequestrados, sejam levados para as instalações da PJ a fim de concluir a intervenção policial. O último a sair foi o sequestrador, que deixou o balcão escoltado pelos polícias e de cabeça tapada.

De seguida, foi possível ver os agentes do GOE abandonando o local, dando espaço à Brigada de Minas e Armadilhas. Os operacionais detonaram uma caixa, que o sequestrador tinha afirmado conter um engenho explosivo. Segundo Magina da Silva, Intendente da PSP, este foi apenas um procedimento de segurança, já que não se confirmou a presença de explosivos.

Apesar de não se confirmar o pedido de resgate de 100 mil euros, a parca informação disponível e o reboliço que o sequestro causou na cidade de Setúbal, estimulou os boatos. Fora do cordão policial havia quem garantisse a pés juntos a nacionalidade do assaltante ou mesmo a sua identidade. A polícia apenas afirmou que o arguido, que manteve presas quatro pessoas desde as 14h30, é de nacionalidade portuguesa, mas não confirmou se sofria de perturbações mentais.

Segundo o subintendente da PSP, Jerónimo Torrado, «não se registaram assim quaisquer ferimentos quer nos agentes policiais envolvidos, nos quatro elementos libertados, ou no arguido».

O PDiário esteve junto dos familiares dos reféns. Saiba como reagiram ao desenrolar dos acontecimentos aqui.
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