Lehman Brothers: escritório em Portugal indisponível para comentar falência - TVI

Lehman Brothers: escritório em Portugal indisponível para comentar falência

Banco perdeu cerca de 2,7 mil milhões de euros no terceiro trimestre do ano

Relacionados
O escritório da Lehman Brothers em Portugal mostrou-se esta segunda-feira indisponível para comentar as consequências para o mercado português da falência do quarto maior banco norte-americano e para os funcionários da instituição em Portugal.

«Não há ninguém disponível para falar convosco ou responder a quaisquer questões», disse à «Lusa» uma funcionária do banco em Portugal que não se quis identificar.

O banco vedou também o acesso da agência às suas instalações em Lisboa situadas no edifício de escritórios Amoreiras Square.

A Lehman Brothers em Portugal funciona nas instalações da White Star, empresa de gestão de activos financeiros e imobiliários detida pelo banco norte-americano.

A falência da Lehman Brothers coloca na incógnita a situação profissional de 25 mil trabalhadores, seis mil dos quais nos escritórios europeus do banco, que anunciou que iria declarar hoje falência para proteger os seus activos e maximizar o seu valor.

Em comunicado divulgado hoje, o banco acrescentou que a declaração de falência, aprovada pela direcção, iria ser apresentada hoje na Câmara de Falências para o distrito sul de Nova Iorque.

«Os clientes do Lehman Brothers, incluindo os clientes da sua filial Neuberger Berman Holdings, poderão continuar a negociar os seus títulos e a tomar as decisões que acharem por bem relativamente às suas contas», afirma-se na nota.

O banco perdeu cerca de 3,9 mil milhões de dólares (2,7 mil milhões de euros) no terceiro trimestre do ano, depois de ter sido obrigado a importantes depreciações nos seus activos devido à crise no mercado imobiliário.

A declaração de falência segue-se às tentativas falhadas do Lehman Brothers de encontrar um comprador, depois do Barclays, o último banco interessado, se ter retirado da corrida no domingo.

O banco britânico considerou que seria impossível adquirir o Lehman Brothers sem uma ajuda federal norte-americana semelhante à concedida em Março ao JPMorgan Chase, quando este adquiriu outro banco em dificuldades, o Bear Sterns, de acordo com o «New York Times» e o «Wall Street Journal».
Continue a ler esta notícia

Relacionados