O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, avançou esta sexta-feira que «há mais de 13 milhões de operações de crédito» e que, por esse motivo, não lhe compete ver tudo.
«Há certas coisas que podem existir e que podem não ser encontradas. São encontradas normalmente por acaso ou por denúncia como neste caso (BCP)», disse Vítor Constâncio no Parlamento, onde está a ser ouvido no âmbito de alegadas irregularidades na instituição financeira.
O governador acrescentou que não existe nenhum sector onde o regulador consiga estar a par de tudo, garantindo, no entanto, «que o Banco de Portugal fez tudo o que devia ter feito» e que «não houve arquivamento porque não houve processos».
Banco de Portugal «merece respeito»
Queixa do BPI era da competência da CMVM
As alegadas irregularidades que o BPI fez chegar aos reguladores eram da responsabilidade «sobretudo» da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), disse Vítor Constâncio.
O responsável referia-se à queixa do banco de Fernando Ulrich sobre créditos a pequenos accionistas e a membros do Conselho Superior para a compra de acções do BCP.
O caso irá em breve ao Conselho do Banco de Portugal.
As acções do BCP fecharam esta sexta-feira a perder 1,66% para os 2,37 euros.
Veja a declaração de Vítor Constâncio na íntegra em vídeo
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Constâncio diz que supervisão não consegue ver tudo (vídeo)
- Sónia Peres Pinto
- Rui Pedro Vieira
- 18 jan 2008, 17:49
Há mais de 13 milhões de operações de crédito
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