Banda desenhada em Viseu

O humor vai estar no centro das atenções em Viseu com a 15.ª edição do Salão Internacional de Banda Desenhada(BD), entre 22 e 30 deste mês, organizado pelo Grupo de Intervenção e Criatividade Artística de Viseu (GICAV).

Segundo noticia a Lusa, o Salão Internacional de BD de Viseu, este ano dedicado ao humor, remonta a 1988, quando o GICAV arrancou com a iniciativa tendo como objectivo primeiro a divulgação de jovens artistas e a promoção de trabalhos novos.

Carlos Almeida, coordenador do salão e dirigente do GICAV, explicou à Lusa que os objectivos iniciais têm sido cumpridos, apesar das dificuldades, a maior das quais a financeira. Assim, o grupo passou a organizar o salão de dois em dois anos a partir de 2003, em vez de anualmente.

Dos nomes presentes, o GICAV destaca os de Artur Correia, autor, entre outros títulos, de «O País dos Cágados», que retrata o Portugal fascista e a revolução de Abril de 1974, e o de José Abrantes, com uma exposição de inéditos e ainda o lançamento de um portfolio do autor, editado pela «Pedra no Charco».

Vão estar ainda em Viseu trabalhos de Sergei e de Carlos Rico, um autor de Moura, que tem como característica trabalhar em BD algumas das mais interessantes piadas sobre alentejanos.

Uma exposição da argentina Maitena, uma das poucas mulheres no mundo a fazer BD, e uma retrospectiva da BD de humor portuguesa e estrangeira são outros dos destaques da 15.ª edição do Salão Internacional de BD de Viseu, que mostra ainda trabalhos de Hergé e Morris.

O coleccionismo tem igualmente o seu espaço nesta edição com «uma importante mostra» de obras de Hergé do coleccionador António Mata, um arquitecto de Viseu e um dos mais importantes coleccionadores do país.

Ainda durante o salão, vão ser entregues os prémios Anim¿Arte da revista de divulgação do GICAV e será apresentado um livro de Luís Beirão, fundador e «pai» da ideia que está por detrás do Salão Internacional de BD de Viseu.