Mirandela: pais boicotam aulas - TVI

Mirandela: pais boicotam aulas

  • Portugal Diário
  • 6 mar 2007, 10:58

Escola primária de Cachão tem obras atrasadas o que prejudica as actividades escolares

Os pais das crianças da escola primária de Cachão, em Mirandela, boicotaram esta terça-feira as aulas em protesto contra os atrasos de obras no estabelecimento de ensino que estão a condicionar as actividades lectiva e complementares, escreve a Lusa.

O presidente da Câmara de Mirandela, o social-democrata José Silvano, assume as responsabilidades da autarquia nos atrasos e promete que as obras vão estar prontas depois da Páscoa.

Esta escola, com cerca de 30 alunos, é a que tem o maior número de crianças entre os estabelecimentos rurais do concelho transmontano, segundo disse o autarca.

O edifício começou a ser intervencionado, no início do ano lectivo, e as obras deviam estar prontas no Natal, de acordo com os prazos iniciais.

As crianças, continuam no entanto a ter aulas em duas salas noutras instalações, que obrigam a dividir as turmas pelos períodos da manhã e tarde, segundo disse à agência Lusa Pedro Fonseca, pai de uma aluna.

Aquele encarregado de educação é também eleito da CDU na assembleia de freguesia de Frechas, de que é anexa a aldeia do Cachão.

Segundo disse, a falta de espaço impede também as crianças de terem actividades complementares, que funcionam em outras escolas do concelho.

O presidente da autarquia refutou esta acusação, garantindo que as crianças do Cachão têm possibilidade de frequentar Inglês e Educação Física, deslocando-se à sede de concelho.

Não têm, porém, todas as actividades complementares que a autarquia oferece noutras escolas do concelho, nomeadamente expressão teatral e música.

José Silvano admitiu à lusa, que «os atrasos são da responsabilidade da Câmara», que decidiu fazer adaptações aos projectos iniciais da intervenção na antiga escola primária.

De acordo com o autarca, apesar de ser uma das escolas rurais com mais crianças, dentro de dois anos deverá ficar sem alunos.

A ideia da autarquia é adaptar já o edifício para outras utilizações, nomeadamente para actividades recreativas e sociais.

Depois do atraso de dois meses nas obras, se as crianças não regressarem das férias da Páscoa para a escola remodelada, os pais prometem novos protestos.
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