Lisboa: plano para proteger os sem-abrigo

O quartel do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa é o espaço escolhido pela Câmara de Lisboa para acolher os sem-abrigo em caso de vagas de frio, prevê um plano apresentado, esta quinta-feira.

Segundo escreve a Lusa, o Plano de Contingência para a população de rua perante as vagas de frio foi apresentado e está pronto a ser activado, afirmou José Ferreira, do gabinete de acção social da autarquia.

Apresentado no Palácio do Machadinho, em Lisboa, o Plano visa aumentar as condições de resposta a situações de emergência, dirigida aos que vivem na rua, e visa evitar situações como a do ano passado, «quando a nevou em Lisboa, e não havia um plano de acção», disse José Ferreira.

Nessa altura, explicou, «a Câmara teve de montar tudo em duas/três horas, e a um domingo».

O plano foi elaborado pelo gabinete de Acção Social, liderado pelo vereador Sérgio Lipari Pinto, que não esteve presente porque esteve numa reunião com os restantes vereadores.

O plano prevê um período de monitorização por parte da Protecção Civil, que decorre entre Dezembro e Março.

Cabe à Protecção Civil alertar os serviços para a necessidade de activação do plano, para a qual contam com uma escala própria com quatro níveis: Azul, Amarelo, Laranja, Vermelho.

Uma Vaga de Frio» ocorre quando a temperatura mínima é de 4 ou menos graus Celsius ao longo de dois ou mais dias consecutivos.

Quando se prevê uma vaga de frio, o vereador com o pelouro da Acção Social deve activar o Centro de Coordenação Integrado (CCI), que envolve, além do próprio vereador, os departamentos de Protecção Civil e de Acção Social, a Polícia Municipal, o Regimento de Sapadores Bombeiros e a Cruz Vermelha Portuguesa.

O objectivo do CCI, que funcionará no Palácio do Machadinho, é garantir a prontidão dos serviços da Câmara de Lisboa e das entidades externas envolvidas.

Segundo este plano, os sem-abrigo poderão concentrar-se nas estações de Metro de Baixa/Chiado, Sete Rios e Saldanha e na estação de comboios de Santa Apolónia, sendo depois direccionados para o Centro de Emergência, no quartel do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

O Centro de Emergência garante a resposta imediata em termos de alojamento, de modo a oferecer um espaço quente e refeições.

José Ferreira realçou a necessidade de «actuar de modo a colocar numa rota de inclusão» a população de rua, como complemento da resposta de emergência, de modo a retirar das ruas estas pessoas e apoiar a sua integração na sociedade.