Futuro da Zona Euro nas mãos da Eslováquia - TVI

Futuro da Zona Euro nas mãos da Eslováquia

Durão Barroso

Bruxelas com «grandes esperanças» que Eslováquia vote a favor do fundo de resgate

A Comissão Europeia disse ter «grandes esperanças» que o Parlamento eslovaco vote esta terça-feira a favor do alargamento do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), apesar da divisão de votos no seio da coligação governamental.

O parlamento da Eslováquia já abriu a sessão para o voto da extensão do FEEF, que paga o resgate a Portugal e à Irlanda.

Pouco antes, uma porta-voz do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, disse em Bruxelas que as expectativas do executivo comunitário são positivas.

«Temos grandes esperanças que a Eslováquia consiga ratificar as decisões tomadas a 21 de Julho», disse em conferência de imprensa Pia Ahrenkilde-Hansen, referindo-se ao acordo a que os líderes europeus chegaram, no Verão passado, para alargar as verbas e o mandato de intervenção do fundo de resgate.

«Não vou especular sobre possibilidades alternativas» ao voto favorável, disse ainda a porta-voz, afirmando que o executivo comunitário não quer «intrometer-se na democracia eslovaca, quando está em curso um processo que, se tudo correr bem, vai levar à ratificação».

Dezasseis dos 17 países do euro já ratificaram a extensão do FEEF, que prevê aumentar «a capacidade de financiamento efectiva» do fundo para os 440 mil milhões de euros, mas para que as medidas entrem em vigor, a decisão de 21 de Julho tem de ser transcrita para a legislação nacional pela totalidade dos países da moeda única.

Se o Parlamento eslovaco votar contra a extensão do fundo de resgate, os líderes da Zona Euro terão de voltar a desenhar uma nova forma de intervenção para tentar por um fim à crise da dívida soberana na Europa.

Os partidos da coligação governamental eslovaca estão em profunda divergência quanto ao reforço do FEEF, o que já levou a primeira-ministra, Iveta Radicova, a ameaçar demitir-se, caso não houver acordo.

Considerando que os eslovacos não têm condições económicas para financiar outros países, o líder do movimento liberal e eurocético SaS, parte da coligação do governo, opõe-se ao FEEF, a menos que a Eslováquia seja dispensada de pagar a sua contribuição de 7,7 mil milhões de euros, caso o fundo seja reforçado.
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